As nações da África Ocidental sabem que estão sob ameaça. Por isso, e após os ataques em Bamako, Ouagadougou ou Grand-Bassam, instalaram novos dispositivos de segurança. O portal Jeune Afrique elencou as principais alterações nestes países.
Burkina Faso – Patrulhas, vigilância nos hotéis e controlo de fronteiras
Após o atentado em Ouagadougou, a segurança foi aumentada junto aos grandes hotéis da capital. Mas algumas unidades hoteleiras recusam estas medidas – até porque têm de ser pagas pelos hotéis. Por outro lado, as autoridades garantem que as patrulhas da guarda e da polícia em Ouagadougou foram reforçadas. Ao mesmo tempo, uma série de operações de segurança tiveram lugar no país nas últimas semanas, nomeadamente na região de Tapoa, na fronteira com o Níger.
Mali – Patrulhas
O Mali está nesta altura em estado de emergência, proclamado pelo Presidente, Boubacar Keïta, após o atentado ao Radisson Blu de Bamako, a 20 de novembro. A vigilância foi redobrada e o nível de segurança é em geral muito mais elevado. Tal como no Burkina Faso, é preciso pagar para ter segurança reforçada à porta dos hotéis, mas aqui todos aceitam essa medida. Por outro lado, o Mali deverá recrutar mais 2 mil polícias ao longo deste ano.
Senegal – Patrulhas e vigilância nos hotéis
As autoridades senegalesas reforçaram o dispositivo antiterrorista depois do início da operação militar Serval, no Mali, em janeiro de 2013. Depois do atentado em Ouagadougou, estas medidas foram reforçadas: os grandes hotéis de Dakar têm vigilância policial permanente, e há controlos regulares nas principais estradas da capital. Os lugares considerados «sensíveis» também são fortemente vigiados.
Guiné-Conacri – Patrulhas e vigilância nos hotéis
O atentado de 15 de janeiro em Ouagadougou também teve efeitos em Conacri. Há um reforço policial permanente junto aos grandes hotéis desta capital. De resto, não são visíveis grandes mudanças.
Gana – Vigilância nos hotéis e controlo de fronteiras
Acra subiu o nível de alerta dias depois dos ataques em Grand-Bassam. Os lugares mais sensíveis terão a partir de agora segurança reforçada, e o governo pede aos ganenses que sejam vigilantes, alertando para o facto de a ameaça terrorista ser real.
Togo – Patrulhas, vigilância nos hotéis e controlo de fronteiras
Lomé tem, desde o verão de 2014, patrulhas noturnas do exército, e o mesmo acontece em todas as grandes cidades do Togo e junto às fronteiras. Após os ataques de Ouagadougou, estas patrulhas foram reforçadas, e foram também instalados perímetros de segurança em torno dos principais hotéis. As regras militares foram alteradas de forma a permitir uma intervenção mais rápida do exército em caso de ataque.
Níger – Patrulhas, vigilância nos hotéis e controlo de fronteiras
Niamey está sob vigilância há ainda mais tempo, desde o rapto de dois franceses na cidade em janeiro de 2011. Há barreiras nas estradas à entrada nas cidades e controlos de segurança em hotéis e restaurantes frequentados por estrangeiros. Este dispositivo foi reforçado após os atentados de Ougadougou, com novos planos de intervenção.
Benim – Patrulhas e controlo de fronteiras
Com presença militar no Mali e envolvido na luta regional contra o Boko Haram, o Benim julga-se um alvo certo de ataques. As medidas de segurança têm vindo a ser reforçadas desde os atentados de Paris, a 13 de novembro. A vigilância nas fronteiras e no aeroporto foi reforçada. Fonte: Aqui