O Presidente da República português e o primeiro-ministro deste país, assumem-se, perante os angolanos como oportunistas e bajuladores que esperam ainda receber mais migalhas da nossa Banda.
Por Sami Kakinda, Jornal folha 8
Pergunto: – Algum dia, em Portugal, um cidadão seria detido, acusado e punido por ler e debater livros ditos “subversivos” e preparar como refere a Justiça do M um “golpe de estado” com lapiseiras e cadernos? Ou estes dirigentes portugueses já não se lembram da ditadura de Salazar que diziam e dizem ter combatido?
Quando agora confrontando a mesma realidade em Angola, com aquela que viveram na sua juventude, de luta contra o fascismo, aplaudem, no presente, os ditadores tiranos, de hoje da nossa Banda, que são mais ferozes/ facínoras que os do passado deles. Triste vergonha dos dirigentes portugueses submissos ao reigime/JES devido aos seus interesses no nosso País.
Numa mudança de regime, que antevemos para breve, em Angola, aperceberemo-nos então da sua posição camaleónica, logo repudiando estas atitudes pouco dignas, demonstrando a sua falsa seriedade e integridade. Jamais poderemos confiar neste espírito neocolonial fascizante.
O Governo de Portugal – não os portugueses – não gostam dos angolanos democratas. Não esqueceremos estas atitudes e jamais, no futuro, poderemos depositar qualquer confiança para quem nos quer tanto mal e aplaude procedimentos antidemocráticos – que trucidam a nossa sociedade – e que eles não repudiam com seriedade democrática.
Triste vergonha da conivência entre Estados que se deviam respeitar mutuamente e nunca intervir pela negativa – só para agradar – contra TODOS nós, cidadãos indefesos que só buscamos a Liberdade. Liberdade Já!