quinta-feira, 31 de março de 2016

MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO DE ANGOLA PEDE DESTITUIÇÃO IMEDIATA DO PRESIDENTE

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O Movimento Revolucionário está a convocar para dia 9 de Abril uma manifestação para exigir a libertação imediata dos presos políticos e a destituição do presidente.

Adolfo Campos, membro do Movimento Revolucionário admite que na "mega-manifestação" que está a ser convocada para dia 9 de Abril e cujo itinerário foi analisado esta quarta-feira (30/03) "haverá uma repressão activa por parte do regime e que podem até acontecer mortes".

 Esta destina-se a pedir "a libertação imediata dos 15 + 2 + 1" (os 17 activistas condenados esta segunda-feira e de Marcos Mavungo preso em Cabinda há mais de um ano e condenado a seis anos de prisão por rebelião) e também "a destituição de José Eduardo dos Santos, porque já não confere os ideais do país, já não dá credibilidade ao povo angolano, então pedimos a destituição imediata, não podemos esperar por 2018".
Adolfo Campos refere ainda o estado de saúde preocupante de Nuno Dala e Nito alves, dois dos activistas condenados esta segunda-feira e afirma que o Movimento Revolucionário adere à vigília de 4 de Abril, Dia da Paz, feriado em Angola para assinalar o fim da guerra civil em 2002, convocada pela CASA-CE segunda força política da oposição angolana, para exigir a libertação imediata dos presos políticos em Angola.

Dos 17 activistas condenados esta segunda-feira a penas superiores a dois e oito anos de prisão, dois encontram-se doentes: Nuno Dala e Manuel Baptista Chivonde Nito Alves, ambos condenados a 4 anos e 6 merses de prisao.

Nuno Dala que está no Hospital Prisão de São Paulo em Luanda, é diabético e está em greve de fome desde 10 de Março para exigir a devolução dos bens que lhe foram confiscados por ocasião da sua detenção a 20 de Junho de 2015.

Nito Alves está detido na Cadeia da Comarca de Viana, sofre de diarreias e vómitos há mais de uma semana, mas recusa tomar os medicamentos fornecidos pela prisão, porque teme ser envenenado,  pelo que pede para ser transferido para uma clínica privada, comorefere o seu pai Fernando Baptista.

Adália Chivonde, mãe do activista Nito Alves mostra-se também preocupada com a deterioração da saúde do seu filho e interroga-se "porque é que eles estão presos?"