Os cães de fila da CPLP, defendem a pressão internacional para resolução da crise guineense, paradoxalmente defendem uma solução interna para resolução do conflito político-militar que assola Moçambique, onde diariamente morrem pessoas vitimas da guerra e milhares fogem para o vizinho Malawi. Que vergonha!
Está a chegar ao fim o prazo dado pela RENAMO para iniciar a governação nas seis províncias onde reclama vitória eleitoral. A tensão político-militar agudiza-se no país. Veículos blindados foram avistados em Muxungué.
Na manhã desta quarta-feira (30.03), mais de uma dezena de veículos blindados e dois autocarros que transportavam militares chegaram a Muxungué, na província central de Sofala.
Uma testemunha contou à DW África, sob condição de anonimato, que o contingente pernoitou no posto administrativo de Save, em Inhambane, tendo chegado a Muxungué pela manhã.
"Eu vi-os a passar sozinhos por volta das sete horas", afirmou um popular que presenciou a chegada dos militares à localidade.
A coluna militar foi atacada no troço do Rio Ripembe a Zove, mas não houve vítimas, segundo o exército moçambicano.
Com o mês de março a chegar ao fim, está também a terminar o prazo que a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) deu ao Governo para assumir o poder nas seis províncias onde reclama vitória eleitoral nas eleições de 15 de outubro de 2014. A tensão político-militar entre o Governo e o maior partido da oposição agudiza-se.
Crateras abertas na EN1
Este domingo (27.03), foram abertas crateras no troço Save-Muxungué, na Estrada Nacional 1, a principal estrada do país, onde há escoltas obrigatórias do exército. As autoridades governamentais afirmam que esta ação foi levada a cabo por homens armados da RENAMO.
"Escavaram naquela parte logo à saída da ponte e, ali, todo o cuidado é pouco", afirma um dos utilizadores desta estrada.
Com mais de meio metro de profundidade, estas crateras aumentam de tamanho a cada dia que passa, segundo relatos de testemunhas.
Acrescentam que se vive um clima de terror ao atravessar este troço da EN1 e que, nas secções onde as escavações foram feitas, os carros são obrigados a circular a uma velocidade baixa, o que pode constituir um perigo para as viaturas civis.
"Tenho medo, muito medo. Nós temos de passar ali a 10 km/h e todo o cuidado é pouco", diz um dos condutores à DW África.
As crateras foram abertas em três secções da estrada, na mesma zona onde, na semana passada, homens armados escreveram a giz no asfalto "Queremos a paridade, não queremos a guerra para matar as nossas crianças. RENAMO, a vitória é nossa".
Depois deste episódio, as forças de defesa e segurança reforçaram as medidas de segurança no troço Save-Muxungué.
Mensagem deixada na EN1
Fonte: DW África