O partido no poder no Burundi acusou este domingo o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, de querer «exportar» o genocídio depois de o ter «experimentado» no seu país em 1994.
O Burundi enfrenta uma profunda crise política, que tem implicado ondas de violência graves desde que, no final de abril do ano passado, o Presidente do país, Pierre Nkurunziza, apresentou a candidatura a um terceiro mandato. Mais de 400 pessoas foram mortas e mais de 250 mil fugiram do país, e, destas, cerca de 75 mil refugiaram-se no Ruanda desde o início desta crise, sendo que o Burundi tem acusado o país vizinho de estar a armar os opositores de Nukurunziza.
«O laboratório do genocídio é o Ruanda, porque o presidente Kagame experimentou-o na casa dele e quer exportá-lo para o Burundi, para ser um pequeno imperialista», lê-se num comunicado assinado por Pascal Nyabenda, presidente do CNDD-FDD, o partido atualmente no poder no Burundi.
Em 1994, em apenas 100 dias, mais de 800 mil pessoas foram massacradas no Ruanda por extremistas étnicos hútus, que tinham como alvo a comunidade minoritária tutsi e também os seus adversários políticos, independentemente da etnia. Fonte: Aqui