DSP sofre do mesmo mal que Passos Coelho. Ninguém mais caridoso para o esclarecer que já não manda nada há muitos meses? A ilusão da manutenção do estatuto [alimentados, apesar da mudança de Governo, pelos patéticos apoios de um MNE português altamente comprometido com o status quo prevalecente] caminham para o seu epílogo. Tal como o jornalista do L'Aurore com Salazar, chega o momento em que se torna demasiado patente a patologia mental. Salazar era de extrema humildade e tinha a desculpa de quatro décadas de rotinas de poder. Nestas reles cópias mal amanhadas, destaca-se sobretudo uma insuportável vaidade inerente à crise de negação, inteiramente desajustada à insignificância política e falta de carisma dos actores. Também em Luanda, o caruncho atacou violentamente a cadeira onde se senta o inamovível e insubstituível responsável pelo calamitoso estado de coisas em Angola, ameaçando, com a iminente ruptura, aplicar a mesma figura. No Brasil, Dilma entoa a célebre canção, saída de uma antiga anedota intra-uterina: «Daqui não saio eu. Daqui ninguém me tira!»