O Diretor Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), João Aladje Fadia afirmou que a economia do país evoluiu positivamente em 2015, registando um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem de 4,8 por cento.
Fadia falava a O'Democrata à saída de uma reunião com os conselheiros integrantes do [Conselho Nacional de Crédito] (CNC), na qual fizeram um balanço positivo do ano econômico 2015.
“O PIB cresceu 4,8 por cento um pouco abaixo do registado a nível dos países da União Econômica e Monetário Oeste Africana (UEMOA), mas para já é uma tendência positiva”, sublinhou, Fadia, acrescentando que em 2014 esse mesmo crescimento situava-se em 2,7 por centos.
Na visão do responsável do BCEAO na Guiné-Bissau, o crescimento do PIB deve-se a boa campanha de comercialização da castanha de cajú do ano transacto, associado aos preços à exportação, que segundo ele são elevados, assim como o Dólar Americano, sendo a base da exportação que fora valorizado em relação ao Euro.
“As nossas reservas cambiais se consolidaram. Houve um aumento de cerca de 35 milhões, passando a nossa reserva a 196 milhões de francos CFA, portanto, o que assegura mais de seis meses a importação. Estamos em onze meses, mas diria seis meses como baliza que sustenta a nossa balança do pagamento. A balança comercial foi positiva graças à exportação da castanha de cajú, a inflação ficou em 1.5%, o que confirma a boa política monetária realizada em 2015. A nossa política monetária visa sustentar a inflação até dois por cento, ficamos em um e meio por cento, o que significa que atingimos o nosso objetivo no que refere à política monetária” vincou João Aladje Fadia.
Diretor-Geral do Tesouro, Wilson Alves Cardoso, que presidiu o CNC revelou que o conselho recomendou o reforço do nível de segurança nas instalações bancárias do país, frisando o recente assalto a mão-armada ocorrido na sede do Orabank, garantindo que transmitirá as informações ao ministro da Economia e Finanças.
Em nome da Associação dos Bancos Comerciais de Bissau, Rómulo Pires disse que fizeram o balanço sobre a situação econômica e do financiamento da economia. Pires é da opinião que a decisão do financiamento cabe a cada um dos bancos, tendo em conta as suas políticas e a relação com sua clientela, assim como a necessidade da mesma [clientela].
Presidente da Câmara do Comércio, Indústria, Artesanato e Serviços (CCIAS), Braima Camará mostrou-se confiante no financiamento dos bancos nacionais aos empresários.
“Foi dado um passo muito importante, segundo as informações do Diretor do BCEAO e o representante do ministro das fincas estão criadas condições necessárias para financiar os empresários locais para que possam exercer as suas atividades econômicas. Daí que o entendimento interno é muito importante, porque temos a consciência clara da importância do cajú. É a nossa principal atividade econômica, é o nosso produto estratégico e mexe com toda a cadeia social da vida do país”, explicou Braima Camará.
Por: Sene Camará