terça-feira, 28 de junho de 2016

DIRECTOR-GERAL DO CAAMI GARANTE A EXISTÊNCIA DE 48 ÁREAS SUSPEITAS DE MINAS NO PAÍS

Radio Sol Mansi, 28 Jun, 2016 - O Director Nacional do Centro Nacional de Coordenação da Acção Anti Minas (CAAMI) garantiu esta terça-feira que existe 48 áreas suspeitas de minas no país e entre 2012-2016 houve 36 vítimas de acidentes registados de Minas e Engenhos Explosivos após a retirada dos Doadores e Parceiros.

Jeremias Arlete Pecixe, que falava durante uma entrevista, explicou ainda que quase toda a zona do país esta contaminada.

“ Neste momento temos novas áreas contaminadas de minas identificadas, cinco áreas contaminadas com engenho explosivos em todo o território nacional e 43 áreas suspeitas tidas como campo de batalhas que precisa de ser verificadas e fazer trabalho de pesquisa para chegar a conclusão da existência de minas”, diz. 

Jeremias Arlete Pecixe, lamentou falta de meios e apoio dos parceiros para continuar com o trabalho de desminagem, tendo adiantado que “ não temos meios e não temos nada depois das palavras do governo de transição que em Genebra declarou fim de desminagem e todos os parceiros e doadores que apoiavam suspenderam o apoio e o governo guineense não tem sido consignada verbas no OGE para o mínimo funcionamento do Centro Nacional de Coordenação da Acção Anti Minas (CAAMI)” , concluiu.

A Secretaria de Estado dos Combatentes da Liberdade de Pátria, Iracema do Rosário, disse que é necessário a sensibilização sobre a existência de engenhos explosivos “ para podermos ter uma noção clara sobre a situação de minas explosivas no país”.

Por outro lado, disse que querem fazer um programa de sensibilização radiofónica nas línguas tradicionais para que as populações saibam que existe ainda minas no país, tendo sublinhado que “é necessário e urgente que haja programas de sensibilização juntos das rádios, aliás é uma das prioridades da Secretaria de Estado dos Combatentes”, frisou.

De referi que a guerra de Libertação Nacional, Conflito Político Militar de 1998 e conflito de Casamança que abrange a linha fronteiriça da Zona Norte de País e que dura há mais de 20 anos, são responsáveis por existência de minas no país.

Por: Nautaran Marcos/  Bíbia Marisa Pereira