terça-feira, 14 de junho de 2016

GUINÉ BISSAU: PARLAMENTO RETOMA SESSÃO APENAS PARA SER ENCERRADA OFICIALMENTE

Sede da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau
Bissau - A sessão plenária do Parlamento da Guiné-Bissau é hoje retomada apenas para ser encerrada de forma oficial, à luz do regimento, sem discussão de nenhum assunto, disseram à Lusa fontes parlamentares.

O Parlamento da Guiné-Bissau devia reunir-se na sua terceira sessão ordinária do ano legislativo, para, entre outros, debater o estado da Nação, mas divergências profundas entre as duas principais bancadas, a do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e a do Partido da Renovação Social (PRS), levaram a que as sessões fossem suspensas desde Maio deste ano.

As duas bancadas não se entenderam sobre os temas que deviam constar da agenda de trabalhos e nem sobre o lugar de 15 deputados do PAIGC que tinham sido expulsos do parlamento, mas que entretanto foram readmitidos pela justiça.

O PAIGC alegava que aqueles deixaram de pertencer à sua bancada, por terem sido expulsos do partido, enquanto o PRS argumentava que continuam a ser deputados, logo com direito a voto.

A sessão devia decorrer entre 03 de Maio e 14 de Junho, isto é, hoje, dia em que é retomada, mas "apenas para o cumprimento do regimento", observou uma fonte do órgão, lembrando que a plenária deve reunir-se quatro vezes por ano, de forma ordinária.

As sessões ordinárias da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento guineense) acontecem nos meses de Novembro, Fevereiro, Maio e Junho.

"A sessão estava formalmente iniciada, tinha que ser também formalmente encerada, até porque deve-se abrir uma nova sessão do mês de Junho", acrescentou a fonte dos serviços administrativos da ANP.

Sobre os assuntos que estarão em debate, um deputado disse à Lusa que apenas lhe foi dito para comparecer no hemiciclo, sem que tenha recebido indicações sobre o que será debatido.

A sessão deverá ser dirigida por Inácio Correia, primeiro vice-presidente do parlamento guineense, uma vez que o líder do órgão, Cipriano Cassamá, encontra-se ausente do país.

MB // VM
Lusa/Fim