“Administraçao pública guineense se encontra num estado crítico”, diz PM
Bissau, 23 Jun 16 (ANG) – O Primeiro-ministro disse hoje que a administraçao pública guineense é caracterizada por insuficiência de capacidades institucionais e humanas, o que limita o seu desenpenho e sua produtividade.
“Não podemos escamotear a verdade, a nossa administração pública se encontra num estado critico, onde o facilitismo, o nepotismo e a corrupção constituem bases de alianças”, disse o Primeiro-ministro.
Baciro Djá presidia a cerimónioa comemorativa do Dia Africano da Função Pública sob o lema “Fúnçao Pública entre avanço e recuo em serviço da Guine-Bissau”.
Para o chefe de governo, o lema escolhido evidencia a necessidade de se fazer uma radiografia da Fúnçao Pública e de analizar as suas forças e fraquesas nas diferentes fases.
Acrescentou que as acçoes inscritas no programa do governo, por aprovar, no que diz respeito a gestão adminitrativa e de redimensionamento dos esforços do Estado, devem ser assumidas em plena articulaçao entre o Ministério da Economia e Finanças e o da Função Pública, para evitar disparidades.
Baciro Djá prometeu, por outro lado, juntar a mesma plataforma, os principais actores do aparelho administrativo e parceiros que apoiam o sector, para juntos debaterem questões substanciais de funcionamento da administração pública.
“A crise que o país conheceu nos ultimos meses, encerrada com a nomeaçao deste governo, teve impacto a vários niveis, não constituindo para a administração nenhuma excepçao, e por isso o momento impõe a adotação de medidas capazes de melhorar a performance da administração pública#, referiu.
De acordo com o primeiro-ministro, a ocasião serve para reflexão e mobilização geral dos funcionários e agentes do Estado em prol da prestação de serviço público.
Por seu turno, o ministro da Funçao Publica, Trabalho e Segurança Social, Tumane Baldé, acrescentou que já é a hora de se começar a receber sinais de prestação de contas, no âmbito do cumprimento do chamado dever de boa administração da coisa pública.
O governate alertou ainda que prestar contas significa conhecer o que deve ser feito, segundo, fazé-lo da melhor forma possivel e depois procurar atingir cada vez mais patamares altos de performance.
Tumane Balde revelou ainda que o Estado da Guiné-Bissau está tal como está é porque não priorizou a administração pública, o que significa que têm que caracterizar a aprovação da orgânica de todos os departamentos governamentais com os seus respectivos quadros do pessoal.
Disse que devolver ao Ministério da Função Pública a tarefa de processamento de folhas de salário e conferir ao Ministério das Finanças apenas o processamento financeiro das mesmas serão as prioridades a serem definidas brevemente.
ANG/ LLA/SG