sábado, 25 de junho de 2016

SEDJA MAN PROMETE REATIVAR O “CASO” ROBERTO FERREIRA CACHEU

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O Procurador-Geral da República disse hoje, 24 de junho de 2016, que vai reativar o processo sobre o desaparecimento de Cidadão Roberto Ferreira Cacheu com vista a responsabilizar os eventuais autores do crime.
 
António Sedja Man acredita, no entanto, que é possível chegar a verdade sobre o caso, porque “na investigação nós precisamos de encontrar a materialidade do crime”, que diz inclui a própria pessoa sobre a qual recai o crime.

Havendo ainda dúvidas por esclarecer sobre o caso, Sedja Man promete continuar a investigação para encontrar a “materialidade e a autoria moral e intelectual do crime”, refere.
“Sem esses elementos não podemos fazer nada, porque ainda estamos em dúvida. Não foi encontrado morto e nem foi declarado judicialmente morto”, acrescenta.
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Roberto Ferreira foi dado como desaparecido em dezembro de 2011. Na altura, o então deputado da Nação, liderava um grupo de manifestantes que reclamava a justiça sobre os casos de antigo Presidente da República, João Bernardo Vieira “NINO” e Ex-chefe dos militares guineenses, General Tagme Na Waie, assassinados a 01 e 02 de março de 2009, respectivamente.
Para a concretização do processo, o líder do órgão detentor da ação penal disse que será necessário até envolver peritos em matéria da criminologia e outros serviços especializados para prosseguir com o inquérito.
Na sequência do processo de investigação sobre o alegado desaparecimento do deputado guineense e dirigente do PAIGC, acusado na tentativa de Golpe de Estado de 26 de dezembro de 2011, várias figuras políticas foram ouvidas no país, na qualidade de declarantes, pelo Ministério Público. Entre as personalidades, figura Fernando Vaz, Ministro da Presidência do Conselho de Ministros do Governo de Transição.
Lembramos, Fernando Vaz proferiu na altura discursos sobre o caso, ao ponto de levar jornalistas e diplomatas ao local onde se aludiu que o deputado teria sido enterrado.
O caso Ferreira Cacheu que remonta do ano 2011 está a ser de novo despoletado por insistência dos familiares. Em 2012 algumas pessoas consideradas directa ou indirectamente cruciais na investigação foram ouvidas.
Por: Filomeno Sambú