Bissau, 17 Jun 16 (ANG) – O novo ministro da Economia e Finanças , Henrique Horta dos Santos promete empenhar-se para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) não suspenda os seus apoios à Guiné-Bissau.
Segundo o jornal No Pintcjha, Horta dos Santos fez essa promessa em declarações à imprensa, no âmbito de visitas que fez recentemente às instituições sob sua tutela.
A promessa do ministro esta relacionada à informações avançadas pelo Nô Pincha citando a agência inglesa Reuters, segundo as quais o FMI decidiu suspender os seus apoios à Guiné-Bissau devido a compra pelo governo liderado por Domingos Simões Pereira, de créditos de privados junto aos bancos comerciais .
O jornal refere que a compra dos considerados “créditos mal parados” haviam sido desaconselhada ao governo , que, na pessoa de Domingos Simões Pereira terá justificado que tal medida era necessária para evitar a falência do sector privado. Em causa estão 34 milhões? (ou 34 mil milhões?) de francos cfa.
Para o FMI, segundo a jornal, a medida apenas beneficiou os empresários mais ricos tanto nacionais como estrangeiros, em detrimento de melhorias da situação das infraestruturas e da redução da pobreza.
As condições do FMI para a retoma de financiamentos ao país, segundo o jornal, passa pela apresentação, pelas autoridades, de um novo orçamento Geral de Estado para este ano, levando em conta o apoio orçamental perdido.
“Até lá o FMI não vai desembolsar quaisquer parcelas de crédito pendentes, tal como previsto anteriormente, disse Oscar Melhado, representante residente do FMI, citado pelo jornal.
Em Junho de 2015, O Fundo Monetário Internacional aprovou um empréstimo de 24 milhões de dólares à Guiné-Bissau para ajudar o Estado a sair da crise.
Em reacção à esta notícia, o ex-ministro da Economia e Finanças do governo demissionário, Geraldo Martins considerou de falsas as informações sobre a suspensão dos desembolsos do FMI ao país, alegando que decisões desta natureza só são tomadas pelo Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional.
Martins acrescentou que o FMI reuniu o seu Conselho de Administração a 10 de Junho mas que nada tinha sido referido sobre a Guiné-Bissau.
O ex-governante disse que o FMI faz um balanco positivo de diferentes programas com a Guiné-Bissau mas que terá chamado a atenção às autoridades de que o resgate aos bancos, efectuado em 2015, colocaria em risco todo o programa.
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