O Observatório guineense de drogas e toxicodependência, nova organização que se dedica à investigação, análise e monitorização de dados sobre o consumo e tráfico de droga na Guiné-Bissau, revelou que as jovens mulheres guineenses estão consumir, de forma acelerada e preocupante, haxixe no país.
Além de serem usadas como “mulas” no transporte de droga, a camada feminina guineense aparece agora a liderar o quadro do consumo de estupefacientes, sobretudo haxixe, particularmente nos espaços públicos de diversão, nomeadamente discotecas.
Para algumas inquiridas, é preferível consumir haxixe, pois tem supostamente um sabor semelhante ao chocolate e incita a “vontade de experimentar atitudes interessantes de vida”, tornando-se assim num efeito de moda.
O consumo de drogas está a tornar-se também muito frequente, não só nas discotecas, mas também nas escolas, envolvendo, sobretudo, adolescentes, revelou também o Observatório após analise de pesquisas junto de jovens nas escolas públicas e privadas.
Um responsável do Observatório considerou ser urgente e pertinente que o Estado desenvolva políticas concretas e que “defina estratégias inteligentes” na luta contra o consumo e tráfico de droga no país, a fim de travar o fenómeno crescente junto dos jovens que, segundo o Observatório, são os mais afetados.