terça-feira, 16 de janeiro de 2018

CABO DELGADO, MOÇAMBIQUE: NOVO ATAQUE DE GRUPO DE INSURGENTES FAZ CINCO MORTOS EM PALMA

Para conhecimento dos cães da fila da CPLP e comentadores do debate africano na neocolonialista RDP África.

Um novo ataque de um grupo de insurgentes, alegadamente com inspiração islâmica, no fim-de-semana contra o posto administrativo de Olumbi, no distrito de Palma, na província moçambicana de Cabo Delegado, provocou a morte de cinco pessoas e destruição de várias infraestruturas.

A informação foi confirmada a VOA por várias fontes nesta segunda-feira (15).

Este é o segundo ataque que ocorre desde o inicio da insurgência em Outubro a Olumbi, a zona onde até agora foi feita a única perfuração em terra na pesquisa pelo petróleo, por uma empresa canadiana, voltando a gerar pânico nas multinacionais que exploram petróleo e gás na região.

Um morador de Olumbi contou à VOA, que um grupo de homens armados entrou na sede do posto administrativo, cerca das 20 horas de sábado 13, e abriu fogo contra o edifício do Governo local matando cinco pessoas.

“Os disparos duraram algum tempo e a população entrou em pânico”, disse o mesmo morador, descrevendo uma situação mais calma na manhã desta segunda-feira 15, mas com medo, sobretudo das pessoas em comentarem sobre a situação.

Um outro morador, que se identificou como Tagir, contou que todas as barracas no mercado local foram queimadas, a secretaria do Posto Administrativo de Olumbi foi vandalizada, incluindo a residência do chefe do posto, além da motorizada oficial do Governo ter sido incendiada.

Há relatos de haver vários feridos que foram socorridos na sede distrital de Palma e outros transferidos para o distrito vizinho da Mocimboa da Praia, o berço da insurgência do grupo, quando a 5 de Outubro de 2017, matou policias e sitiou a vila.

O administrador de Palma, David Machimbuko, confirmou à VOA o ataque, sem dar detalhes, e remeteu mais informações para a Polícia.

Contudo a Polícia de Cabo Delegado ainda não se pronunciou sobre o novo ataque, que ocorre numa área sensível, onde se prevê o início da exploração de gás por empresas norte-americanas e canadianas no nordeste de Moçambique.