quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

PRODUÇÃO ECONÔMICA DA GUINE-BISSAU É EQUIVALENTE A UMA SEMANA DA ECONOMIA DA NIGÉRIA, DIZ ECONOMISTA GUINEENSE, CARLOS LOPES

O Economista guineense, Carlos Lopes, afirmou em Bissau, na passada sexta-feira, 05 de Janeiro de 2018, que a produção econômica da Guiné-Bissau de um ano é equivalente a uma semana da economia nigeriana.

Segundo o ex-secretário executivo da Comissão Econômica das Nações Unidas para África e o investigador na Universidade de Oxford, a economia da Guiné-Bissau neste momento é a segunda mais pequena do continente africano.

“O problema da Guiné-Bissau é que a maior da atividade econômica não é taxada por causa do sector informal, porque há dois sectores informais (o sector informal dos ricos e o sector informal dos pobres) e por isso, temos fiscalidade precária e para fazermos despesas públicas precisamos de ajuda dos parceiros”, afirmou Lopes.


O acadêmico, também ligado a Universidade do Cabo, na África do Sul, dirigia-se aos jovens guineenses numa conferência alusiva ao lançamento do Centro de Estudos Socais Amílcar Cabral (CESAC), num dos hotéis da capital Bissau.

Na ocasião, Carlos Lopes, revela que a Guiné-Bissau tem potencialidades, nomeadamente a biodiversidade que pode alavancar a produção econômica rumo ao desenvolvimento.

“A Guiné-Bissau tem uma biodiversidade que absoluta única e para mim é ponto mais importante das nossas riquezas, apesar não cuidamos desta biodiversidade como deveríamos. Essa biodiversidade tem uma riqueza incomparável e pode transformar por completo a nossa”, argumentou ainda Lopes na presença de muitos jovens estavam presente no auditório.

De acordo com economista guineense, um Estado existe quando é capaz proteger a sua integridade territorial e é capaz de exercer determinadas funções que é só possível se tiver uma fiscalidade transparente.

Na conferência subordinada ao tema ‘Como a juventude fará a diferença no futuro de África? Carlos Lopes é da opinião que a África é o reservatório da juventude do mundo.

Para Lopes os jovens não são o futuro do continente africano, mas sim, a juventude já é um presente de África e não podem esperar para poderem ter protagonismo no continente.

De recordar que no seu recente entrevista exclusiva à DW, em Lisboa, o economista guineense disse que a Guiné-Bissau precisa de dar muito mais espaço a juventude.

Por: Alison Cabral