O governo estabelecido pelos militares tinha anunciado que
consideraria como uma vitória uma taxa de participação superior à do referendo
constitucional de 2012, quando Mursi estava no poder (32,9 por cento).
Segundo as Forças Armadas, essa "vitória" justificaria nas
urnas a destituição e detenção do primeiro presidente eleito de forma
democrática no Egipto. Os militantes favoráveis a Mursi acusam os militares de
terem dado um "golpe de Estado" no dia 3 de Julho.
O novo e popular homem forte do Egipto, general Abdel Fattah al-
Sissi (na foto), tinha vinculado o seu destino à participação nesse referendo, realizado na
terça e na quarta-feira, anunciando três dias antes da votação que se
candidataria à eleição presidencial de 2014 "se o povo pedir".
A consulta popular se transformou então num plebiscito, em plena onda
de repressão contra os partidários de Mursi, sobretudo a Irmandade Muçulmana. Angop / euronews - video