As batalhas urbanas que se desenrolaram em várias cidades egípcias
esta sexta-feira terão provocado pelo menos 19 mortos, de acordo com a
irmandade muçulmana. Fontes do governo dão conta de 11 mortos.
Apoiantes do movimento islâmico, declarado terrorista pelo governo,
envolveram-se em confrontos com as forças da ordem. Estão contra a ilegalização
da Irmandade Muçulmana, opõem-se também à detenção e julgamento de Mohammed
Morsi, presidente deposto num golpe de Estado levado a cabo pelos militares que
dirigem de facto o país.
Às vítimas mortais, todas civis, à acrescentar pelo menos 42 feridos e
122 detidos, segundo fontes oficiais. Num dia tradicional de oração muçulmana,
a chamada Coligação de Defesa da Legitimidade convocou as manifestações para
exigir a restituição do poder a Morsi, que começa a ser julgado no dia 28 de
janeiro.
Cairo, Alexandria, Gizé ou Ismailiya são cidades onde se verificaram
os distúrbios.
O Egito vota dentro de duas semanas
uma nova constituição num processo organizado pelos militares.