Segundo e último dia de referendo ao projeto de
constituição no Egito, mais calmo até ao momento,
depois de um primeiro dia marcado pela morte de oito pessoas em confrontos e
atentados à bomba em diversas regiões do país.
O vice-primeiro ministro, ministro da Defesa e verdadeiro homem forte
do país, o general Sissi, tinha apelado no sábado aos mais de 53 milhões de
eleitores a aprovarem a nova lei fundamental. Um apelo feito antes de afirmar
que apresentaria a candidatura à presidência, se o povo o pedisse e as forças armadas
o apoiassem.
Com a oposição da Irmandade Muçulmana nas ruas contra o escrutínio, na
origem dos distúrbios de segunda-feira, mais de 200 mil polícias e 160 mil
militares foram mobilizados para zelar pela segurança.
Em referendo está uma nova lei fundamental redigida por uma assembleia
constituinte, que foi nomeada pelo governo, instalado pelo general Sisi. Da
anterior constituição, foi eliminado o reforço dos deveres religiosos, já os
militares ficaram com os poderes ampliados.
Os egípcios vivem um momento histórico numa época em que tentam dar os
primeiros passos de uma emancipação política. euronews