Quatro homens armados raptaram no domingo um empresário
moçambicano, na Matola, cidade-satélite da capital, Maputo, no segundo caso de
sequestro conhecido este ano, revelou hoje o principal diário do país, o
'Notícias'.
Segundo o jornal, os raptores foram buscar o empresário à sua
residência, mas no ataque um vizinho da vítima diz ter reconhecido entre os
assaltantes um polícia que presta serviço na Machava, subúrbio da Matola.
A presença do agente levou os moradores a pensarem estar a ocorrer uma
prisão e não um rapto, adiantou o jornal.
Os atacantes, que chegaram em quatro veículos, estavam armados com
espingardas automáticas AK-47 e bloquearam o acesso à residência do empresário.
O rapto foi hoje confirmado pelo porta-voz da Polícia da República de
Moçambique (PRM) em Maputo, João Machava.
Na sexta-feira, no que terá sido o primeiro rapto do ano, o
proprietário de uma conhecida loja de capulanas (panos tradicionais de
Moçambique) foi raptado na baixa de Maputo. DN
Leia também: Deputados da Renamo acusam polícia
O deputado Fernando Matuassanga revelou que a polícia tem feito detenções no período nocturno em violação da Constituição da República que proíbe detenções depois do pôr-do-sol.
Um grupo de deputados da Renamo, pelo círculo eleitoral de Nampula, denunciou nesta terça-feira o que consideram ser uma violação sistemática dos direitos humanos por parte da polícia moçambicana, caracterizada por detenções arbitrárias aos membros daquele partido da oposição.
O deputado Fernando Matuassanga revelou que a polícia tem feito detenções no período nocturno, o que também viola a Constituição da República que proíbe detenções depois do pôr-do-sol.
No último fim-de-semana, um membro da Renamo no distrito de Monapo foi detido sem explicações e transferido para o Comando Provincial, onde se encontra ainda sem qualquer acusação formal. Ainda no fim-de-semana, a polícia no distrito de Rapale tentou sem sucesso deter o delegado político da Renamo em Rapale, segundo Fernando Matuassanga. Leia mais