O presidente
interino da República Centro Africana deve enfrentar pressões para se demitir
durante a cimeira regional extraordinária desta quinta-feira. O muçulmano
Michel Djotodia não tem conseguido travar a violência inter-religiosa que lavra
no país desde que os rebeldes Séléka assumiram o controlo, depois de o Chade
ter retirado o apoio ao cristão François Bozizé.
E foi o Chade, o
‘fazedor de reis’ na República Centro Africana, a enviar o avião oficial que
transportou Djotodia para o encontro da Comunidade Económica dos Estados da
África Central (CEEAC) em N’Djamena, a capital
chadiana.
O futuro de
Djotodia deverá ficar decidido durante a cimeira mas são poucos os que
acreditam na demissão ainda hoje do primeiro presidente muçulmano da República
Centro Africana, um país rico em diamantes, urânio, madeira, ouro, que tem
algum petróleo e um bom potencial para a produção de energia hidroelétrica.
Só em dezembro, a
violência que eclodiu entre cristãos e muçulmanos matou mais de 1000 pessoas.
As forças africanas e francesas de pacificação mitigaram um pouco o conflito
que já fez cerca de 1 milhão de deslocados e despertou o espetro de um
genocídio à imagem do ocorrido no Ruanda, em 1994. euronews - ver vídeo