Veja a reportagem da TCV
Depois de o Parlamento ter sido ontem palco de uma acesa discussão entre os deputados das bancadas do PAICV e do MPD, que por pouco não chegou as vias de facto, a expectativa é que hoje, antes do arranque dos trabalhos, os eleitos nacionais façam um pedido público de desculpas. O incidente, que mancha a Casa Parlamentar, aconteceu quando se discutia o Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as obras públicas. O MpD acusou o presidente da Assembleia Nacional de conduzir os trabalhos de forma parcial e, por pouco, os deputados Carlos Veiga e José Maria Veiga não se atracaram.
Depois de o Parlamento ter sido ontem palco de uma acesa discussão entre os deputados das bancadas do PAICV e do MPD, que por pouco não chegou as vias de facto, a expectativa é que hoje, antes do arranque dos trabalhos, os eleitos nacionais façam um pedido público de desculpas. O incidente, que mancha a Casa Parlamentar, aconteceu quando se discutia o Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as obras públicas. O MpD acusou o presidente da Assembleia Nacional de conduzir os trabalhos de forma parcial e, por pouco, os deputados Carlos Veiga e José Maria Veiga não se atracaram.
Os
trabalhos foram suspensos pelo presidente da Assembleia Nacional na recta final
da discussão sobre o relatório da comissão de inquérito Parlamentar sobre as
obras públicas. Basílio Ramos considerou que o deputado José Filomeno o
desrespeitou. “Tive que fazer recurso à minha voz para falar porque o
presidente, sistematicamente, me negou a palavra. Num país livre e democrático,
o regimento tem de ser cumprido. O presidente da Assembleia não está acima do
regimento”, justificou José Filomeno.
Para
o líder do Grupo Parlamentar do PAICV, tratou-se de um caso de arruaça
política, que não tem paralelo em Cabo Verde. “Pode-se discordar do presidente,
mas os deputados, à luz do regimento, têm vários instrumentos para poderem usar
da palavra. Desobediência, incivilidade, desacato da autoridade, nunca",
realçou Felisberto Vieira.
O
presidente da UCID, António Monteiro, também lamentou a forma como os trabalhos
terminaram na quinta-feira. “Os ânimos estiveram muito exaltados e não
dignificaram em nada o Parlamento, que deveria ser uma casa para passar uma
mensagem de paz, de tranquilidade à população, que normalmente nos escuta
através de rádio e da televisão”.
Já
o líder da bancada do MpD considerou que os acontecimentos desta quinta-feira
mostram a crispação política está exacerbada e que ultrapassou os limites do
razoável. Segundo Fernando Elísio Freire, na origem do incidente terá estado “a
forma parcial como têm sido conduzidos os trabalhos na Assembleia”.
“O
país assistiu a uma grave tentativa de agressão a Carlos Veiga, deputado e
ex-primeiro-ministro, por parte de deputados do PAICV”, acusou o Presidente do
Grupo Parlamentar do MpD. “Nestes termos, o MpD exorta todos os actores
políticos, especialmente os membros do governo e os deputados do PAICV, a
honrarem o percurso da democracia cabo-verdiana iniciada em 1991 e evitando
qualquer tentativa de desqualificar a democracia atingindo o seu coração que é
o parlamento”, rematou. asemana.publ.cv