terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

HÉLDER VAZ FORMALIZA CANDIDATURA À PRESIDÊNCIA DA GUINÉ-BISSAU


Bissau, 25 fev (Lusa) - Hélder Vaz, antigo diretor-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e presidente do partido Resistência da Guiné-Bissau entregou hoje no Supremo Tribunal de Justiça a documentação exigida para a candidatura a presidente do país.

Acompanhado dos seus apoiantes, Hélder Vaz disse aos jornalistas estar pronto para chefiar a Guiné-Bissau e realizar o sonho de Amílcar Cabral, "pai" da independência: "transformar a Guiné-Bissau numa Suíça de África".

Hélder Vaz assumiu-se como um político sério, maduro, preparado, com espírito de paz e disse acreditar que se estiver acompanhado por um Governo de tecnocratas "de competência reconhecida" pelo mundo fora, o país terá condições de refundar o Estado.

O candidato que já foi ministro de Estado, da Economia e Desenvolvimento Regional num Governo de coligação da RGB com o Partido da Renovação Social, sob a presidência de Kumba Ialá, propôs também que se faça a refundação das Forças Armadas.

Para Hélder Vaz, esta refundação do Estado e das Forças Armadas teria lugar a 24 de setembro, data da independência do país.

Nesse dia, preconizou, as Forças Armadas Revolucionárias do Povo passavam a chamar-se Forças Armadas Republicanas.

Assumindo-se como "um dos pais fundadores" da democracia guineense, devido à sua ação na abertura democrática nos anos 1990, o candidato disse ter chegado a hora de lutar pela restauração da democracia na Guiné-Bissau, que considerou estar ameaçada.

O líder da RGB afirmou que "o país está um caos", pelo que não bastará apenas uma reforma das instituições, mas a refundação de todo o aparelho do Estado.

Confiante na sua vitória, Hélder Vaz prometeu trabalhar num espaço de quatro anos e transformar a Guiné-Bissau "para melhor", apontando os recursos humanos, o ouro e o petróleo como fatores para potenciar o desenvolvimento.

O candidato disse pretender levar a Guiné-Bissau a explorar os seus recursos petrolíferos para ser, em oito anos, o terceiro maior produtor da África subsaariana, atrás da Nigéria e de Angola.

O dirigente político afirmou ter uma noção dos recursos naturais alegadamente existentes no país pela sua passagem pelo cargo de ministro da Economia. Lusa