segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

GUINÉ-BISSAU: UE/BRASIL ESPERA ELEIÇÕES LIVRES PARA FORMAÇÃO DE GOVERNO LEGÍTIMO


Bruxelas, 24 fev (Lusa) -- União Europeia e Brasil manifestaram hoje o desejo de que tenham lugar em breve na Guiné Bissau eleições livres, que permitam a formação de "um governo legítimo", numa declaração conjunta após a VI Cimeira, realizada em Bruxelas.

"Sublinhámos que é importante que a Guiné-Bissau restabeleça a sua ordem constitucional organizando eleições livres, justas e credíveis assim que possível, para que um governo legítimo possa construir os fundamentos de uma democracia estável e pacífica na Guiné-Bissau", lê-se num dos pontos da declaração conjunta adotada na cimeira de hoje.

União Europeia e Brasil, que na cimeira de hoje estiveram representados pelos presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Durão Barroso e Van Rompuy, e pela presidente Dilma Rousseff, sublinham que os fundamentos da democracia têm que passar necessariamente por uma "reforma do setor da segurança, pelo combate à impunidade e pela promoção dos direitos humanos e do desenvolvimento socioeconómico".

Destacando os esforços das Nações Unidas, União Africana, CEDEAO, União Europeia e CPLP para apoiar o regresso à democracia constitucional e à estabilidade a longo prazo na Guiné-Bissau, UE e Brasil realçam também a "importância de reforçar as instituições democráticas, promover a reforma do setor da seguranças e garantir a segurança alimentar no período pós-eleitoral e de melhorar a coordenação entre os diversos intervenientes internacionais, especialmente através da Formação "Guiné-Bissau" da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas.

Na passada sexta-feira, o presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, marcou para o dia 13 de abril a realização das eleições gerais.

A 13 de abril, os guineenses vão escolher os deputados ao Parlamento e um novo presidente da República, acabando o processo de transição iniciado em abril de 2012, na sequência de um golpe de Estado militar que destituiu os órgãos eleitos. Lusa