terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

REPÚBLICA CENTRO AFRICANA: MAIS DE 15.000 PESSOAS EM "RISCO ELEVADO" DE ATAQUE


Genebra (Suiça ) - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) pediu nesta terça -feira um reforço de segurança para proteger mais de 15.000 pessoas que correm um "risco muito elevado" de serem atacadas na República Centro Africana (RCA).
"Estas populações correm um risco muito elevado de ataque e precisam urgentemente de uma melhor segurança", disse o porta-voz daquela agência da ONU Adrian Edwards, citado num texto divulgado no "site" do ACNUR.    
A população em causa, na maioria muçulmanos, encontra-se distribuída por 18 locais no noroeste e sudoeste da RCA, que estão cercados por grupos armados, sobretudo de milicianos "anti -balaka", maioritariamente cristãos.   
"As áreas que mais nos preocupam incluem a zona PK12 em Bangui e as cidades de Boda, Bouar e Bossangoa", indicou Edwards.    
A RCA mergulhou no caos desde que em Março de 2013 a coligação Séléka, de maioria muçulmana, derrubou o governo do país maioritariamente cristão, desencadeando uma espiral de violência sectária, com um balanço de milhares de mortos e centenas de milhares de deslocados.     
"Apelamos novamente a todos os elementos armados para que parem os ataques contra os civis. Apelamos também para que sejam destacadas mais tropas internacionais, tendo em conta que o seu número é muito baixo considerando o tamanho do país e a extensão da crise", disse o porta-voz do ACNUR.   
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu na quinta-feira um reforço urgente da presença internacional na RCA de pelo menos 3.000 soldados e polícias, para travar a catástrofe que se vive no país.    
Para o secretário-geral da ONU, o reforço de efectivos devia ser concretizado "nos próximos dias e semanas" para apoiar as tropas francesas e africanas no terreno, que considerou serem insuficientes para responder à situação.
A missão da União Africana na RCA, a Misca, conta com cerca de 5.500 homens, que são apoiados pelos 1.600 militares franceses da operação Sangaris. Angop