quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

HÁ LEIS TRIBUTÁRIAS NA GUINÉ-BISSAU QUE AINDA TÊM POR BASE O PESO, MOEDA SUBSTITUÍDA HÁ 16 ANOS


Bissau, 26 fev (Lusa) - Apesar de o franco CFA ser a moeda da Guiné-Bissau há 16 anos, ainda há leis tributárias aplicadas aos bancos que são do tempo do peso e têm por base a antiga moeda, lamentam as instituições financeiras.
A situação é apontada como um exemplo da necessidade de reforma da fiscalidade guineense, referiu à agência Lusa Ausenda Cardoso, membro da direção da Associação Profissional de Bancos e Estabelecimentos Financeiros da Guiné-Bissau.

O sistema tributário esteve hoje em discussão num encontro entre representantes de bancos e membros do Governo de transição, promovido pela associação, com vista a sensibilizar as autoridades para a necessidade de rever as leis.
Se por um lado "a Direção Geral de Contribuições e Impostos defende que a legislação existe, por outro, já necessita de reforma. Por exemplo, a moeda que se utiliza é o peso", que já deixou de ser utilizada há muito tempo, queixou-se Ausenda Cardoso.

Ou seja, apesar de o país estar na zona da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), não respeita "a legislação existente".

Os cobradores "acham que é só converter", mas os bancos, empresas e outros contribuintes acham que não e só uma questão de conversão: "há aspetos que precisam de reformulados, adaptando-os à realidade vigente".

No final, as recomendações da associação vão no sentido de mostrar ao Estado que "a fiscalidade é determinante no desenvolvimento do país" e que os bancos "podem ser parceiros" na tarefa.

Apesar da proximidade de eleições gerais na Guiné-Bissau, marcadas para 13 de abril, a Associação Profissional de Bancos e Estabelecimentos Financeiros da Guiné-Bissau espera que as sugestões hoje deixadas, assim como as de outros encontros com autoridades públicas, mereçam a atenção do futuro Governo. Lusa