O antigo secretário executivo dos Países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), e membro sénior do partido Frelimo, Tomaz Salomão, lançou um apelo ao Governo moçambicano e à Renamo, para porem fim ao espectro de guerra no País.
Tomaz Salomão disse estar encorajado pelos consensos recentemente alcançados na mesa das negociações entre as partes em contenda, desafiando para que façam tudo “para que, de uma vez por todas, o machado de guerra seja, definitivamente, enterrado e as armas se calem, para sempre em Moçambique”.
Aquele antigo dirigente do Estado moçambicano falava durante uma palestra subordinada ao tema “Preparando as mulheres e os homens para os Desafios de Amanhã”, organizada pela Universidade Politécnica, esta segunda-feira em Maputo.
A história do nosso continente, segundo Tomaz Salomão, mostra que em vários países, enquanto os nacionais lutam entre si, mutilam-se e se matam, há os que vão tirando benefício e partido desta situação.
Acusou “alguns” grupos internacionais que não mencionou de estarem a estimular e a financiar a guerra em África, por via da venda de armas e munições, para assim poderem continuar a extrair “os nossos recursos nacionais e, enquanto nós ficamos mais empobrecidos, as desigualdades se agravam e a justiça social não passa de uma miragem”.
O antigo governante moçambicano disse, por outro lado, que esta é uma das razões por que “somos qualificados, por esses mesmos instigadores e outros beneficiários, legais e ilegais dos nossos recursos, como incapazes e incompetentes, de resolver as diferenças e os diferendos entre nós”.
Indicou, como exemplo, a situação que ocorre na RD Congo, RC Africana, Sudão do Sul, Somália, Mali, entre outros países.
“Moçambique vai ainda a tempo de evitar este cenário, triste e desumano, mortífero e inaceitável, e já demos provas no passado de que somos capazes de o fazer. A oportunidade é agora”, acrescentou. Fonte:Aqui
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