Paris, 27/02 - O presidente Francês, François Hollande, desloca-se
sexta-feira à Bangui, no regresso de uma visita à Nigéria, a fim de falar com
as tropas francesas engajadas na República Centro-Africana e se encontrar com a
líder de Transição, Catherine Samba Panza, anunciou nesta quinta-feira a
presidência francesa.
Está é a segunda vez que Hollande se desloca nesse país após
ter o feito a 05 de Dezembro de 2013, data do lançamento da operação militar
baptizada "Sangaris" que recebeu terça-feira o aval de um
prolongamento pelo Parlamento francesa e para o qual 2.000 soldados foram
mobilizados.
Durante esta visita, evocada por vários médias franceses esses
últimos dias, o chefe de Estado francês encontrará igualmente as autoridades
religiosas da República Centro- Africana, precisou a presidência num
comunicado.
A 10 de Dezembro, o chefe de Estado havia efectuado uma visita
surpresa as tropas francesa em Bangui, proveniente da África do Sul, onde teria
assistido a cerimónia de homenagem a Nelson Mandela, durante as exéquias
fúnebres do antigo presidente sul-africano.
A República Centro-Africana é atormentada pela violência
inter-comunitárias entre cristãos e muçulmanos e a situação humanitária é
dramática.
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR)
estimou terça-feira em pelo menos 15.000 pessoas, essencialmente,
muçulmanas, cercados e podem ser atacados pelos grupos armados no oeste
do país.
Defendendo terça-feira diante dos deputados franceses a
prolongação de Sangaris após três meses, o Primeiro-ministro, Jean-Marc
Ayrault, admitiu que as dificuldades permanecem "consideráveis" na
República Centro-Africana, tendo sublinhado, na sessão, os "reais
progressos" alcançados desde Dezembro.
A operação francesa permitiu evitar "incendiar" o país,
segundo ele.
"A França não tem a vocação de substituir as forças
internacionais aos quais ele incumbe de assegurar a sua permanência" com
vista a segurança do país, disse Ayraul, sublinhando a urgência de colocar a
abertura de uma operação de manutenção de paz sob capacetes azuis da ONU. Angop