Depois
da crise diplomática entre os dois países, a Justiça portuguesa guarda agora a
sete chaves informações sobre as investigações a influentes figuras angolanas,
suspeitas de envolvimento em crimes económicos.
Leopoldino
Fragoso do Nascimento, general ligado à Casa Militar do Presidente de Angola,
continua na lista dos cidadãos angolanos influentes que estão a ser
investigados pela Procuradoria-Geral da República Portuguesa. O general
"Dino", como é conhecido, pertence ao círculo mais restrito do
Presidente José Eduardo dos Santos e faz parte de um pequeno grupo de
personalidades ligadas ao poder, suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de
capitais.
O
nome de Leopoldino do Nascimento surge desde que foram feitas as primeiras
revelações, em novembro de 2012, sobre a investigação, a propósito de um alerta
bancário, mas também na sequência de denúncias feitas pelo ativista Rafael
Marques e pelo académico Adriano Parreira, ambos angolanos.
Vários
analistas ouvidos pela DW África, defensores da separação dos poderes judicial
e político num Estado democrático, entre os quais o jurista Rui Rangel, são
favoráveis a que se prossiga com os inquéritos para apurar a verdade.
"Dentro
de uma função soberana do Estado, a Justiça tem que investigar quem tiver que
investigar", refere. "Em Portugal, é assim que deve funcionar". Leia mais - DW