Bissau, 20 fev (Lusa) - O dirigente Abel
da Silva é o novo secretário nacional do PAIGC, partido maioritário no
Parlamento da Guiné-Bissau, em substituição de Augusto Olivais, disse hoje à
Lusa fonte do partido.
Segundo a mesma fonte, a escolha de Abel
da Silva foi decidida na reunião do Comité Central do Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) realizada quarta-feira e em que o
nome do dirigente foi aprovado por aclamação.
Caberá agora ao novo secretário
nacional, em colaboração com o presidente do partido, Domingos Simões Pereira,
a tarefa de implantação das novas estruturas nas regiões e setores, sessões e
'tabancas' (aldeias).
Figura sem poder de ponto de vista
político, o secretário nacional do PAIGC é quem se ocupa da gestão e
administração da vida do partido coordenação as ações na sede, nas regiões e a
correspondência com o exterior.
Além da escolha de Abel da Silva a
reunião do Comité Central também serviu para apresentação dos 351 novos membros
deste órgão deliberativo entre congressos do PAIGC, bem como os 91 elementos do
"bureau" político, outro órgão dirigente.
A mesma fonte adiantou à Lusa que alguns
dirigentes do partido já estão a entregar a documentação exigida para as
eleições primárias com vista à escolha do candidato a apoiar nas eleições
presidenciais.
Luís Oliveira Sanca e Mário Lopes da
Rosa distribuíram aos membros do Comité Central os seus manifestos de campanha.
Mário Lopes da Rosa é o atual ministro
das Pescas no Governo de transição e Luís Oliveira Sanca foi governante por
diversas ocasiões desde os anos 70.
A fonte indicou que outros militantes
têm manifestado intenção de se apresentarem às primárias que devem ter lugar
nos dias 01 e 02 de março.
Embora não sendo membro do Comité
Central, o antigo primeiro-ministro, Aristides Gomes, também anunciou na
quarta-feira aos órgãos de comunicação social que vai endereçar uma carta à
direção do PAIGC pedindo apoios para ser candidato.
Aristides Gomes diz que pode ser
"um bom candidato" para o PAIGC, valendo-se da sua experiência
enquanto ex-primeiro-ministro. Lusa