O presidente
da Agência Nacional do Caju (ANCA) da Guiné-Bissau e investigador na área,
Henrique Mendes, considera que a amêndoa de caju do país deve ser publicitada
como "a melhor do mundo".
Bissau, 05 ago (Lusa) - O presidente da Agência Nacional do Caju (ANCA) da
Guiné-Bissau e investigador na área, Henrique Mendes, considerou hoje que a
amêndoa de caju do país deve ser publicitada como "a melhor do
mundo".
"Do ponto de vista organolético, do sabor, do paladar, somos o número um ao nível mundial", defendeu hoje Henrique Mendes à agência Lusa, ao fazer o balanço de uma visita de quatro dias da Aliança Africana do Caju (ACA) a Bissau.
Mestre em engenharia alimentar pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, Henrique Mendes tem em discussão pública uma tese sobre segurança alimentar e produção de caju na Guiné-Bissau.
O especialista lamenta o facto de o país não estar a tirar partido do que diz ser "vantagem comparativa".
"Temos uma amêndoa inteiramente orgânica que é produzida em pomares que não têm necessidade de uso de inseticidas ou pesticidas", afirmou.
Uma amêndoa produzida nestas condições "vale três vezes mais" do que aquela que, durante o processo de produção, precisou de um produto químico no seu tratamento fitossanitário, sublinhou.
Henrique Mendes destacou ainda a "posição geográfica privilegiada" da Guiné-Bissau face à Europa, que é o segundo maior mercado comprador de amêndoa do caju, a seguir aos Estados Unidos.
"Somos o único país produtor no mundo que em oito dias consegue fazer chegar a sua amêndoa à Europa, de barco", defendeu Mendes, enaltecendo ainda o facto de a Guiné-Bissau ser também o único país produtor cuja safra pode ser apanhada, transformada e consumida no mesmo ano.
Em termos mundiais, o presidente da Agência Nacional do Caju da Guiné-Bissau diz que o país é atualmente o quarto produtor mundial, atrás da Índia, Costa do Marfim e Vietname, mas acredita ser o primeiro em termos da qualidade da amêndoa, destacou.
A Guiné-Bissau produz em média cerca de 220 mil toneladas do caju por ano.
Entre 60 a 70 mil toneladas são escoadas pelo mercado clandestino para o Senegal e o resto é vendido em circuito oficial para a Índia, indicou Mendes, que convidou as autoridades guineenses a tomarem parte na conferência mundial sobre o produto a ter lugar no Gana em novembro.
MB // JMR
Lusa/Fim
"Do ponto de vista organolético, do sabor, do paladar, somos o número um ao nível mundial", defendeu hoje Henrique Mendes à agência Lusa, ao fazer o balanço de uma visita de quatro dias da Aliança Africana do Caju (ACA) a Bissau.
Mestre em engenharia alimentar pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, Henrique Mendes tem em discussão pública uma tese sobre segurança alimentar e produção de caju na Guiné-Bissau.
O especialista lamenta o facto de o país não estar a tirar partido do que diz ser "vantagem comparativa".
"Temos uma amêndoa inteiramente orgânica que é produzida em pomares que não têm necessidade de uso de inseticidas ou pesticidas", afirmou.
Uma amêndoa produzida nestas condições "vale três vezes mais" do que aquela que, durante o processo de produção, precisou de um produto químico no seu tratamento fitossanitário, sublinhou.
Henrique Mendes destacou ainda a "posição geográfica privilegiada" da Guiné-Bissau face à Europa, que é o segundo maior mercado comprador de amêndoa do caju, a seguir aos Estados Unidos.
"Somos o único país produtor no mundo que em oito dias consegue fazer chegar a sua amêndoa à Europa, de barco", defendeu Mendes, enaltecendo ainda o facto de a Guiné-Bissau ser também o único país produtor cuja safra pode ser apanhada, transformada e consumida no mesmo ano.
Em termos mundiais, o presidente da Agência Nacional do Caju da Guiné-Bissau diz que o país é atualmente o quarto produtor mundial, atrás da Índia, Costa do Marfim e Vietname, mas acredita ser o primeiro em termos da qualidade da amêndoa, destacou.
A Guiné-Bissau produz em média cerca de 220 mil toneladas do caju por ano.
Entre 60 a 70 mil toneladas são escoadas pelo mercado clandestino para o Senegal e o resto é vendido em circuito oficial para a Índia, indicou Mendes, que convidou as autoridades guineenses a tomarem parte na conferência mundial sobre o produto a ter lugar no Gana em novembro.
MB // JMR
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