EDUARDO DOS SANTOS COMPROVA QUE, AFINAL, O CRIME COMPENSA
O ex-delegado do SINSE, em Luanda, António Manuel Gamboa Vieira Lopes, angolano, casado, de 47 anos de idade, natural de Kilenda, província do Kwanza Sul, também conhecido por “Tó”, para os mais chegados, incluindo os altos dignitários do regime, mesmo na cadeia, num caso “sui generis” acabou por ser promovido ao Grau Militar de Brigadeiro.
Foi uma decisão de José Eduardo dos Santos na sua qualidade de Comandante em Chefe das Forças Armadas que, tal como as que tem tomado na qualidade de Presidente da República, revelam que no nosso país o crime compensa. Basta ser criminoso ligado ao regime. Por muitas voltas que se dê, esta nomeação compromete directamente o titular do Poder Executivo de estar por dentro das acções ilícitas deste quadro.
Qual a motivação, numa altura como esta de se promover, alguém comprometido, com um assassinato bárbaro, contra um ex-militar da Guarda Presidencial, quando a lógica e a legalidade seriam, no mínimo, a expulsão dos quadros do órgão de Segurança de Estado?
Se direcção contrária não houve, significa ter a “Ordem Superior”, vindo do gabinete do Comandante em Chefe, logo todos estão implicados. Leia mais