Reiteramos o nosso pedido ao senhor Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira. Continuamos a dizer que é crime pôr um leigo a operar um paciente. Da mesma forma considero delituoso nomear “perdidos”, gente que lê jornais “de pernas para o ar”, para cargos de destaque no Estado, como, traiçoeiramente, fez com o caso de Botché Candé. Pergunto: quais são as regras que disciplinam a atividade de colocação e divulgação da publicidade pública e as entidades responsáveis pelas mesmas? Como é que se pode enquadrar a palhaçaria de Botche Candé na rádio? Aonde é que já se viu Ministro a emprestar a sua própria voz para a publicidade contra as minissaias e calções curtos no mercado de Bandim? Será que o Estado, está, desta forma, a contribuir para fomentar a igualdade de género e para o respeito pela diversidade social e cultural existentes na nossa sociedade? Duvido! Mas, tenho a convicção de que o talibã jamais emprestaria a sua voz para desencorajar a mutilação genital feminina ou o uso de véu islâmico no país.