quinta-feira, 6 de novembro de 2014

BURKINA FASO TEM ACORDO PARA ELEIÇÕES EM UM ANO

 

Ouagadougou, Burkina Faso - Opositores e representantes do governo interino de Burkina Faso acertaram nesta quarta-feira um calendário de transição política que prevê eleições em novembro de 2015, revelaram representantes dos dois lados ao final de uma reunião em Ouagadougou.
 
Apesar do acordo, os negociadores não chegaram a um consenso sobre o nome do líder do governo de transição, acrescentaram as fontes.              
O acordo, negociado com a mediação dos presidentes de Gana, Senegal e Nigéria, prevê a criação de um "governo de transição durante o período de um ano" e "a realização de eleições presidenciais e legislativas" em Novembro de 2015.
 
Leia também: Três chefes de Estados da CEDEAO iniciam mediação de crise no Burkina Faso 
 
Uma missão enviada pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) composta pelos Presidente John Dramani, do Gana, Goodluck Jonathan, da Nigéria, e Macky Sall, do Senegal, chegou esta quarta-feira a Ouagadougou com vista a avaliar a crise politico-militar com a qual o  Burkina Faso está confrontado.

 Após a sua chegada a Ouagadougou, a missão deve realizar uma reunião para a busca duma solução para a crise que atravessa o Burkina Faso na sequência da demissão do Presidente Blaise Compaoré, deposto pela rua e, da tomada do poder pelo Exército.

Esta reunião deverá agrupar os facilitadores da CEDEAO, da União Africana (UA) e das Nações Unidas para discutir com os diferentes atores da crise socio-política no Burkina Faso.

A CEDEAO pretende igualmente se inteirar da realidade da situação antes da mini-cimeira deste agrupamento sub-regional que se realizará quinta-feira em Accra, no Gana.
Enquanto se aguarda pelo encontro com a missão da CEDEAO, o presidente do Movimento Para o Povo (MPP), Roch Marc Christian Kaboré, disse à imprensa que a CEDEAO no encontro previsto para quinta-feira com chefes de Estado em Accra sobre a situação no Burkina Faso deve discutir com o atual líder burkinabe, o tenente-coronel Isaac Zida.

« É imperioso que uma delegação de chefes de Estado venha conhecer a realidade da situação e manter discussões com o chefe de Estado interino, o tenente-coronel Isaac Zida,  com os partidos políticos da oposição e a sociedade civil para ver a forma de acompanhar o Burkina Faso a livrar-se-da crise na qual estamos mergulhados », disse Kaboré.

Kaboré afirmou que uma primeira reunião já foi realizada com os representantes da comunidade internacional, da União Africana e da CEDEAO que exigiram o restabelecimento da constituição para que o Burkina Faso possa continuar a ser um Estado de Direito.

Sobre a escolha do Presidente de transição que deve ser um civil,os partidos da oposição recusaram-se categoricamente a propor o atual presidente da Assembleia Nacional, Soungalo Appolinaire Ouattara, alegando que ele está "desacreditado". Fonte: Aqui