quinta-feira, 13 de novembro de 2014

GUINÉ-BISSAU:PRESIDENTE DO PARLAMENTO DIZ TER RECEBIDO PEDIDOS DE DESCULPA DO GOVERNO

Bissau - O presidente da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, disse hoje (quinta-feira), em Bissau, ter recebido pedidos de desculpa por parte do ministro das Finanças e do da Presidência do Conselho de Ministros na sequência da polémica sobre o orçamento do parlamento, noticiou a Lusa.
 
Cassama, que falava hoje na abertura de mais uma sessão plenária do parlamento, disse que o governo "compreendeu as posições dos deputados" e pediu desculpa pelo "mal-entendido", que disse ter sido criado "pelos inimigos do parlamento".

Em causa está a polémica criada à volta do orçamento do parlamento que, segundo alguns círculos de opinião, teria exigido do Governo aumentos salariais de 100%, facto que Cipriano Cassamá refuta, salientando estar em causa o aumento de subsídios dos parlamentares e acomodação de um plano de acção no Orçamento Geral do Estado.

Para esclarecer os factos, o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira e o ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins, reuniram-se na quarta-feira com a direcção do parlamento.

"O parlamento recebeu pedidos de desculpa por parte dos ministros da Presidência e dos Assuntos Parlamentares (Baciro Dja) e do da Economia e Finanças que é para se ver de que lado está a razão", afirmou Cipriano Cassamá.

Para o presidente da Assembleia Nacional guineense "tentou-se crucificar" os deputados numa polémica que disse ter sido criada pela imprensa e alimentada pela opinião pública "inimiga dos parlamentares".

"Muita gente tem medo da nova dinâmica em curso no parlamento", afirmou Cipriano Cassamá que promete continuar a defender o interesse do órgão a que preside para que possa cumprir "cabalmente" o que considerou serem as "atribuições constitucionais" que é de fiscalizar o Governo e produzir leis" para o país.

O presidente do parlamento guineense voltou a sublinhar serem falsas as informações segundo as quais os deputados estariam a exigir aumentos salariais, embora realce que os parlamentares auferem "um salário mísero". Fonte: Aqui