Não se pode ser hipócrita a ponto
de não considerar surpreendentes e assertivas as últimas declarações do nosso
Presidente da República, José Mário Vaz. “Lubu negal tee, ma ka bu dal padja di
bobora”. Chamou atenção a dois aspectos importantes:
1) disse que a
Guiné-Bissau não está preparada para iniciar a exploração dos recursos
naturais, lembrando o sabor amargo na boca da história recente do abate abusivo
da nossa floresta;
2) instou - na abertura da primeira sessão ordinária da
Assembleia da República - os deputados a empenharem-se na fiscalização da acção
governativa do país com o rigor que a lei lhes confere, como forma de moralizar
o Estado.
Ora, em contra-mão, surge o
actual Presidente da Assembleia Nacional Popular, o senhor Engenheiro Cipriano
Cassamá, a anunciar a necessidade de uma nova revisão constitucional. E não
ficou só por ali na ideia, praticamente, consensual no seio dos guineenses,
sobretudo a médio prazo, resolveu “meter a sua colher” (condicionar), dizendo:
«Como se sabe, quer entre os cidadãos, e em particular entre muitos estudiosos
da matéria, tem sido apontada a nossa lei fundamental como incongruente ou
omissa, que pouco ou nada tem contribuído para qualquer reforço do sistema
político guineense».
Eu, já não sei o que significa “reforço do sistema político” na Guiné-Bissau, mas, de certo, os peritos na matéria o saberão explicar! Já agora, será que o senhor Presidente, está do lado dos que advogam a ideia da institucionalização de “pena de morte” para os militares que participam em golpe de Estado ou estará do lado daqueles que defendem a necessidade de introdução na Lei das directivas da CEDEAO e da UA no que respeita aos protocolos e as cartas sobre a “boa governação” no sentido de agir para impedir os líderes africanos de governar de uma maneira que não pressagia nada de bom para a governação, paz e segurança dos seus povos e nações?
Eu, já não sei o que significa “reforço do sistema político” na Guiné-Bissau, mas, de certo, os peritos na matéria o saberão explicar! Já agora, será que o senhor Presidente, está do lado dos que advogam a ideia da institucionalização de “pena de morte” para os militares que participam em golpe de Estado ou estará do lado daqueles que defendem a necessidade de introdução na Lei das directivas da CEDEAO e da UA no que respeita aos protocolos e as cartas sobre a “boa governação” no sentido de agir para impedir os líderes africanos de governar de uma maneira que não pressagia nada de bom para a governação, paz e segurança dos seus povos e nações?