Quando é que a esposa do falecido Presidente, Nino Vieira, e restantes gangues do regime do Cagado Júnior(incluindo o próprio) serão ouvidos pela justiça Guineense? Para a ministra da (in)justiça, o julgamento do Doka Internacional é prioritário em relação aos crimes de sangue ocorridos durante o sangrento regime do Cagado Júnior.
Ouagadougou - Mariam Sankara, viúva do ex-presidente Thomas Sankara foi ouvido ontem, segunda-feira, pela primeira vez pela justiça burkinabe, 27 anos após os factos que desencadeia agora a investigação sobre o assassinato do seu marido durante o golpe em 1987, indicou a AFP uma fonte judiciária.Mariam Sankara
Vestido de um "Faso Dan Fani" azul fundo e branco, um tano típico do Burkina-Faso, cujo uso foi encorajado pelo marido durante o seu regime, Mariam Sankara, visivelmente descontraído, chegou as 09H00 (locais e TMG) no palácio da justiça militar, constatou a AFP.
Cercado por dois advogados, dos quais Bènéwende Sankara (sem nenhuma ligação de parentesco), que foi designado domingo candidato dos “sankaristas” para a presidência de Outubro, ela foi trazida no palácio da justiça militar sem fazer comentários aos jornalistas.
"Mariam Sankara está ser ouvida actualmente por um juiz de instrução", indicou no início de tarde uma fonte judiciária à AFP.
A justiça burkinabe começou em finais de Março deste ano uma investigação sobre a morte de Thomas Sankara, morto a 15 de Outubro de 1987, durante um golpe de Estado que colocou Blaise Comparé no poder.
Várias audições foram já realizadas no quadro deste processo nas seis últimas semanas, soube-se de fonte judiciária.
O regime de Compaoré, derrubado em finais de Outubro por uma insurreição popular, tinha sempre recusado a abertura de um inquérito sobre as circunstâncias deste assassinato.
Mariam Sankara, que com as suas duas crianças deixou Burkina Faso para o Gabão, depois para França, após a morte do seu marido, regressou quinta-feira em Ouagadougou pela segunda vez, em 27 anos. Fonte: Aqui