Muhammadu Buhari, Presidente eleito da Nigéria, toma posse esta sexta-feira, numa cerimónia que se espera longa e replete de «pompa e circunstância».
Mas Buhari tem uma tarefa árdua pela frente. Desde logo, toma posse na ressaca de uma crise de combustível que paralisou a economia nacional durante dias. Apesar de ser o maior produtor africano de petróleo, a Nigéria não tem capacidade para refinar, e por isso importa os derivados.
O governo subsidia o preço, mas, devido a uma dívida aos empresários da área, o país ficou privado de combustível. Por outro lado, há a inevitável questão do Boko Haram. Mais de um milhão de pessoas fugiram do nordeste do país para evitar cair nas mãos do grupo, que continua a colocar em perigo a região.
Estas questões fazem parte das prioridades que Buhari enumerou logo após ganhar as eleições, em março, e que incluem ainda combater a corrupção e o desemprego. O ex-governante militar tem, claro, milhares de opositores. Por outro lado, os seus apoiantes acreditam que os próximos quatro anos serão de melhorias na maior economia africana. E, pelo menos em teoria, não faltam a Buhari ferramentas para concretizar a sua agenda – desde logo porque o seu partido controla o parlamento e a maioria dos estados do país. Mas o poder político está nas mãos indivíduos, acima de tudo, e Buhari deverá entrar em concertação com todos se pretende cumprir as suas promessas.
Leia em Francês: Nigeria : Muhammadu Buhari officiellement investi président