Delegação do governo garante que se trata de mais uma manobra de desinformação
O encontro de ontem, em Maputo, entre as delegações da Renamo e do Governo moçambicano ficou marcado pela apresentação de um relatório de peritos militares denunciando que as Forças de Defesa e Segurança prepararam um plano para assassinar Afonso Dhlakama, líder da oposição.
Segundo o CanalMoz, a emboscada devia ser levada a cabo pelos militares estacionados em Mucosa e Sadjundjira, na região da Gorongosa, no centro do país, no entanto, por razões não reveladas, acabaram por retirar-se da zona da Gorongosa sem levar a cabo a acção.
Para a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), esta informação serve para demonstrar aquilo que vem dizendo há algum tempo, que as tropas governamentais estão a violar o Acordo de Cessação de Hostilidades Militares assinado em Setembro do ano passado.
Na reunião, a Renamo garantiu que as posições das suas forças em Inhambane, no sul do país, foram bombardeadas no sábado.
José Pacheco, chefe da delegação governamental na reunião, garantiu que se tratava de mais um acto de desinformação da Renamo: “Estamos mais uma vez perante uma acção de desinformação, calúnia e de difamação, porque, num passado recente, a Renamo fez várias acusações sobre o Guijá sem evidências.” Guijá é um distrito na província de Gaza, no sul do país.
Pacheco acrescentou ainda que o governo sabe do paradeiro de Dhlakama e que este está a ser protegido pelas Forças de Defesa e Segurança.
A Renamo garantiu que informou entidades nacionais e internacionais, entre elas a ONU, os Estados Unidos da América, outros países e a Igreja Católica.
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