O embaixador brasileiro e ex-ministro brasileiro das Relações Exteriores e da Defesa Celso Amorim afirmou na terça-feira à noite que a grande responsabilidade do Brasil em África é a ajuda à Guiné-Bissau.
«O Brasil tem uma grande responsabilidade hoje, em minha opinião, se tivesse que singularizar uma, na África, [que é a] Guiné-Bissau. O Brasil tem de ajudar a Guiné-Bissau a se reerguer e a resolver os problemas», disse Amorim aos jornalistas, após uma conferência sobre as relações Brasil-África, promovida pelo Instituto Lula.
Amorim opinou que seria uma vergonha para o Brasil nada fazer perante eventuais problemas, como a existência de grupos extremistas ou uma epidemia de Ébola, atingirem o país. «Deus nos livre de esse problema, do Boko Haram, ou de o problema do ébola chegarem à Guiné-Bissau e o Brasil não fazer nada. Vai ser uma vergonha, porque o país não vai conseguir sobreviver», disse.
Questionado sobre um possível papel do Brasil como mediador para África, o ex-ministro realçou que, no caso do Boko Haram, não acredita que o país «tenha necessariamente algo para ensinar à Nigéria», mas que, caso a Nigéria solicite, o Brasil deve ajudar.
Celso Amorim, conhecido por promover uma política externa de aproximação entre Brasil e África durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, negou-se a comentar a atual gestão da política externa brasileira, e, após ser abordado a esse respeito, não se pronunciou sobre um eventual retrocesso nesse relacionamento com os países africanos. Fonte: Aqui
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