Depois de ser suspenso em dezembro, o julgamento de 22 suspeitos do assassínio de Robert Gueï e de uma parte de sua família da sua rede de guarda-costas recomeça esta quinta-feira, em Abidjan.
As mortes aconteceram a 19 de setembro de 2002, durante o golpe de Estado abortado que se transformou em rebelião armada, liderado por Guillaume Soro, o atual Presidente do parlamento da Costa do Marfim. Quando estiver concluído, este processo deverá dar uma resposta a um dos maiores enigmas da longa crise política e militar na Costa do Marfim, que dura há 20 anos.
Entre os acusados estão rostos muito familiares para os marfinenses, todos membros influentes da rede de poder do antigo Presidente Laurent Gbagbo.
Os crimes estiveram prestes a prescrever, a 19 de setembro de 2012, mas horas antes a família apresentou uma queixa, e o inquérito foi assim aberto, levando posteriormente à detenção de vários suspeitos.
Sobre o que se passou naquele dia, há diferentes versões. Pascal Affi N’Guessan, ex-primeiro-ministro de Gbagbo, declarou dias mais tarde aos media internacionais que Gueï fora morto no campo das operações, depois de se declarar chefe de Estado na televisão. Mas, anos mais tarde, soube-se que o político foi detido ao pôr-do-sol junto à catedral de Abidjan, onde se tinha refugiado – o que fez cair a tese apresentada pelos partidários de Gbagbo.
Depois da detenção e do assassínio de Gueï e dos guarda-costas, a guarda procurou e matou parte da sua família. Fonte: Aqui