O representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau disse hoje(29 Jan) que a crise política no país se encontra "num impasse" depois de ter participado num encontro da comunidade internacional com o Presidente da República guineense.
"O que importa neste momento é encontrar uma saída desta situação. Estamos num impasse, praticamente, e se as entidades competentes do país e os responsáveis políticos não se sentarem e discutirem a fundo as causas desta crise, não encontraremos soluções de imediato", referiu Miguel Trovoada aos jornalistas.
De acordo com aquele responsável, é necessário "diálogo", sem o qual "não haverá uma plataforma de entendimento duradoura que permita ao país funcionar e promover as bases do desenvolvimento económico e social".
Trovoada lembrou ainda que não é à comunidade internacional que compete a resolução dos problemas do país.
"A comunidade internacional não foi eleita pelo povo guineense. Ela não dispõe de legitimidade para resolver os problemas" da Guiné-Bissau, disse.
O dirigente da ONU e outros representantes de instituições internacionais sediadas em Bissau foram hoje recebidos em audiência pelo Presidente da República, José Mário Vaz, no âmbito de consultas que o chefe de Estado está a realizar desde o início da semana sobre a crise política no país.
Trovoada sublinhou a disponibilidade da comunidade internacional em apoiar os esforços internos dos guineenses para a busca de soluções, desde que haja um sinal nesse sentido.
A comunidade internacional "está aqui, ela concorre, ela colabora, mas a responsabilidade primeira cabe a quem recebeu o mandato do povo", sublinhou.
Por sua vez, Ovídio Pequeno, representante da União Africana, considera que as posições entre os atores políticos estão de tal maneira extremadas que o fazem temer que estejam a ser fechados os canais do diálogo.
"Nós notamos que há um extremar de posições e quando se extremam posições não há uma vontade política para resolver as questões", afirmou Ovídio Pequeno, salientando ter saído da reunião com o chefe de Estado guineense com mais duvidas de que certezas.
"Eu saio daqui a pensar em que quadro é que o diálogo pode ser feito para ultrapassar esta crise que se vive", referiu.
O PAIGC aprovou na quinta-feira o programa de Governo, mas sem a presença do maior partido da oposição.
O PRS anunciou ter formado uma nova maioria com 15 deputados expulsos do PAIGC, maioria essa que pediu ao Presidente da República a demissão do Governo.
No entanto, o Tribunal Regional de Bissau ordenou na quarta-feira que os 15 deputados dissidentes acatem a perda de mandato no Parlamento, de que também foram alvo.
"O que importa neste momento é encontrar uma saída desta situação. Estamos num impasse, praticamente, e se as entidades competentes do país e os responsáveis políticos não se sentarem e discutirem a fundo as causas desta crise, não encontraremos soluções de imediato", referiu Miguel Trovoada aos jornalistas.
De acordo com aquele responsável, é necessário "diálogo", sem o qual "não haverá uma plataforma de entendimento duradoura que permita ao país funcionar e promover as bases do desenvolvimento económico e social".
Trovoada lembrou ainda que não é à comunidade internacional que compete a resolução dos problemas do país.
"A comunidade internacional não foi eleita pelo povo guineense. Ela não dispõe de legitimidade para resolver os problemas" da Guiné-Bissau, disse.
O dirigente da ONU e outros representantes de instituições internacionais sediadas em Bissau foram hoje recebidos em audiência pelo Presidente da República, José Mário Vaz, no âmbito de consultas que o chefe de Estado está a realizar desde o início da semana sobre a crise política no país.
Trovoada sublinhou a disponibilidade da comunidade internacional em apoiar os esforços internos dos guineenses para a busca de soluções, desde que haja um sinal nesse sentido.
A comunidade internacional "está aqui, ela concorre, ela colabora, mas a responsabilidade primeira cabe a quem recebeu o mandato do povo", sublinhou.
Por sua vez, Ovídio Pequeno, representante da União Africana, considera que as posições entre os atores políticos estão de tal maneira extremadas que o fazem temer que estejam a ser fechados os canais do diálogo.
"Nós notamos que há um extremar de posições e quando se extremam posições não há uma vontade política para resolver as questões", afirmou Ovídio Pequeno, salientando ter saído da reunião com o chefe de Estado guineense com mais duvidas de que certezas.
"Eu saio daqui a pensar em que quadro é que o diálogo pode ser feito para ultrapassar esta crise que se vive", referiu.
O PAIGC aprovou na quinta-feira o programa de Governo, mas sem a presença do maior partido da oposição.
O PRS anunciou ter formado uma nova maioria com 15 deputados expulsos do PAIGC, maioria essa que pediu ao Presidente da República a demissão do Governo.
No entanto, o Tribunal Regional de Bissau ordenou na quarta-feira que os 15 deputados dissidentes acatem a perda de mandato no Parlamento, de que também foram alvo.