Bissau - O presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, inicia nesta segunda-feira um conjunto de auscultações a associações e partidos com vista a encontrar uma solução para a crise política no país, informou o palácio da Presidência.
O chefe de Estado deverá encontrar-se com a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), o Movimento pelo Desenvolvimento "Miguilan", a Plataforma Nacional das Organizações da Sociedade Civil, a Associação das Mulheres Juristas e ainda um conjunto de associações juvenis.
José Mário Vaz reservou para terça-feira encontros com os partidos, de acordo com a agenda distribuída pela Presidência.
As reuniões no palácio presidencial começam às 09:30 locais com uma conversa em que vão participar as forças políticas sem assento parlamentar.
Depois, até às 15:00 locais, José Mário Vaz vai receber delegações dos partidos que têm lugar na Assembleia Nacional Popular (ANP): União para a Mudança (UM), Partido da Nova Democracia (PND), Partido da Convergência Democrática (PCD), Partido da Renovação Social (PRS) e Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
A Guiné-Bissau está num impasse político devido a divisões no partido maioritário no Parlamento e que está no poder.
Um grupo de 15 deputados dissidentes do PAIGC pretende associar-se à oposição e derrubar o Governo, formando uma nova maioria parlamentar.
Entretanto, o PAIGC expulsou-os do partido e obteve a respectiva perda de mandato, substituindo-os por deputados leais para preservar a maioria (57 de 102 deputados).
Mas o "grupo dos 15" recusa-se a abandonar os lugares e os trabalhos no parlamento, em que deveria ser apreciado o programa de Governo, estão suspensos sem data.
Na última semana, o executivo dirigido por Carlos Correia acusou o presidente da República de estar por detrás da instabilidade que reina no país, enquanto o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, apontou o dedo a uma dúzia de pessoas que querem encobrir um passado criminoso, sem referir nomes.
José Mário Vaz pediu contenção verbal e anunciou que ia procurar uma solução para a crise, recorrendo às auscultações que se iniciam nesta segunda-feira. Fonte: Aqui