De facto o que mais se reclama e se deseja neste momento para a Guine, é que definitivamente mas de uma forma séria e responsável se faça justiça.
Mas pelo caminho sobressai uma injustiça muito grande.
Tem-se falado de tudo e de todos mas, a meu ver, falta aqui recordar e salientar o protagonismo patriótico, sério e consistente que levou a Guiné ao retorno da constitucionalidade, da reposição democrática num processo de transição como há poucos no Mundo.
Recordam-se daqueles que achavam, numa primeira fase da Transição, que o que eles queriam era tacho e por isso não passavam de oportunistas?
Recordam-se que a inclusão era necessária, pois o PAIGC que se julga dono da Guiné não podia estar fora e depois da tão exigida inclusão o que aconteceu?
Recordam-se, do isolamento que durante 2 anos existiu mas que não impediu o pais de ser governado e viver a sua vida de forma estável e equilibrada não obstante tantas dificuldades ?
Hoje e sobretudo a CPLP nem se ouve e desde Agosto o que se tem verificado não é mais que um golpe de estado institucional, devidamente identificado. Hoje sabe-se quem é quem, quem fez e pretende fazer o quê, quem não respeita o Estado e a democracia, mas que ainda assim a comunidade internacional prefere fingir que não vê, não ouve e não fala.
Quando oiço os ditos veteranos, heróicos combatentes a instigarem ódio, com raiva e arrogância, só posso pensar que nada melhor do que saber sair de cena na hora certa Sr Manecas dos Santos. Está na hora e na idade de gozarem a retrete como se diz em francês.
Pois bem, é bom que fique claro que e no meu caso, bem sei o que pensam eles,(Portugal, Cabo Verde,etc) da Guiné e dos guineenses, filhos de primeira e filhos de segunda, mas também para mim acredito que, e mais uma vez a comunidade internacional na sua hipocrisia é responsável em parte pelo que se assiste e pelo que se pode ainda vir a assistir.
E ao contrário do que vaticinavam sobre o processo de transição e os seus protagonistas, que conseguiram chamar a si todos os guineenses de todas as famílias políticas, não posso deixar de aqui mencionar as figuras de Serifo Namajo, Rui Barros, Fernando Vaz, Daba Na Walna e Antônio Injai que no meio de tantas dificuldades, diferenças, boicotes, sabotagens foram capazes de cumprir e honrar os seus compromissos durante dois anos, para levarem a Guiné aquele que todos sonhavam ser o desfecho sonhado: o retorno à democracia e o arranque da Guiné para o futuro.
Ora aqui está. Não que eu tivesse muitas ilusões, porque infelizmente conheço bem as motivações das pessoas e desse partido. Já me teêm dito que o problema da Guiné são os guineenses e de facto... Quando oiço pseudo-analistas políticos dizerem que "tudo estava para lá de bom" só porque não conseguem separar as amizades da razão... Enfim, infelizmente para todos os Guineenses pior do que estar sob o reino do Ali Babá e os 40 ladrões seria impossível, é caso para dizer que a transição foi curta, GOVERNO DE TRANSIÇÃO PRECISA-SE!!!!!!!!
Que DEUS ajude a Guiné
Assinado
*Maria Rebocho
(Uma cidadã Portuguesa, completamente desinteressada, mas que não suporta a hipocrisia da Comunidade Internacional/CPLP)
Fonte: Doka Internacional