quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

MOÇAMBIQUE: SECRETÁRIO-GERAL DA RENAMO BALEADO

Manuel Bissopo, secretário-geral da Renamo, principal força da oposição em Moçambique foi baleado na tarde desta quarta-feira na cidade da Beira, onde foi hospitalizado em estado grave.

O Secretário-Geral da Renamo, Manuel Bissopo foi baleado no princípio da tarde desta quarta-feira (20/01) na cidade da Beira no centro de Moçambique, após uma conferência de imprensa e está em estado grave.

Informação confirmada via telefone à RFI pelo porta-voz do partido António Muchanga que afirma "ele foi baleado, não morreu, mas morreu o guarda-costas dele...ele foi ferido gravemente e está sob cuidados intensivos de saúde numa das clínicas da cidade da Beira".

António Muchanga afirma ainda "consta que terá sido baleado pelas Forças de Defesa e Segurançaque o perseguiam no local onde ele fez a conferência de imprensa...elefoi atingido por 3 balas".

Segundo o porta-voz da Renamo "na conferência de imprensa ele denunciava atrocidades [cometidas] contra os nossos membros em Nhamatanda, temos membros que foram sequestradops na localidade de Lamego e que depois foram encontrados sem vida".

Contactada pela agência portuguesa Lusa, o comando-geral da polícia da República de Moçambique afirmou desconhecer o caso, enquanto o comando provincial de Sofala apenas confirmou a ocorrência de um tiroteio no bairro da Munhava, na cidade da Beira, mas sem mencionar o envolvimento do dirigente da Renamo.   

De salientar que ontem em Maputo, a sede da Renamo foi cercada pelas forças da ordem, no que oficialmente foi descrito como um acto de pura rotina.

Já em finais de Dezembro esta mesma sede foi igualmente cercada por um forte aparato policial e militar, para impedir uma alegada manifestação considerada ilegal pela polícia.

Afonso Dhlakama, líder da Renamo ameaça tomar o poder a partir de Março nas seis províncias do Centro e Norte de Moçambique onde alega ter ganho as eleições legislativas e provinciais de 15 de Outubro 2014, que ca Renamo considerou eivadas de fraude massiça e cujos resultados recusa aceitar. Fonte: RFI