quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

PRS BOICOTA TRABALHOS DO PARLAMENTO GUINEENSE

 Assembleia Nacional Popular, Guiné-BissauDesde quando é que os estatutos de um partido, estão acima da constituição da república de um país democrático? Só mesmo na Guiné-Bissau. Os actos praticados no local devem ser considerados nulos e inexistentes. O «Plenário» não podia reunir por falta de quórum, foi uma autêntica palhaçada.

Leia também: Programa de Governo da Guiné-Bissau aprovado no Parlamento, sem votos da oposição

ANP volta a reunir com os novos/ilegais deputados do PAIGC e vai apreciar o Programa do Governo.


A Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau retomou os trabalhos nesta quinta-feira, depois de 10 dias de suspensão, com a presença dos 15 novos deputados do PAIGC, partido maioritário, mas sem os parlamentares do PRS, na oposição.

Os trabalhos foram retomados depois de ontem o Tribunal Regional de Bissau ter validado a decisão da Comissão Permanente do Parlamento de retirar o mandato a 15 deputados expulsos do PAIGC e ordenado que deixam a ANP trabalhar.

Na sessão de hoje, estão presentes 56 deputados do PAIGC, dois do Partido da Convergência Democrática e um da União para a Mudança.

O presidente da ANP Cipriano Cassamá continua ausente por motivos de doença.
O edifício encontra-se fortemente vigiado pela polícia.

O PRS, cujos 41 deputados não compareceram ao hemiciclo, vai pronunciar-se a qualquer momento sobre o assunto.

Ao que tudo indica o Parlamento vai apreciar e votar o Programa do Governo pela segunda vez, depois de ter sido chumbado a 23 de Dezembro.

Com os novos 15 deputados, mesmo com a ausência do PTS, o PAIGC tem votos para aprovar o Programa do Executivo de Carlos Correia.

Entretanto, depois de decisão judicial de ontem, espera-se que os deputados expulsos ou outra entidade recorra ao Supremo Tribunal.

No campo político, o Presidente da República continua a série de contactos com partidos políticos e sociedade civil iniciada na segunda-feira.

Fontes bem informadas garantem que José Mário Vaz deve falar amanhã ao país. Voz da América