Bissau, 19 Jan 16 (ANG) – O embaixador da Guiné-Bissau no Senegal manifestou-se preocupado com a situação de não cumprimento das leis de livre circulação de pessoas e bens no espaço da CEDEAO por parte das autoridades senegalesas.
Este diplomata disse que tem recebido denúncias frequentes dos cidadãos guineenses que afirmam que são obrigados, em cada posto de controlo fronteiriço do senegal, a descer dos respectivos carros conforme o protocolo de segurança para apresentação das peças de identificação e mesmo assim pagam pela passagem.
“O incompreensível é o facto de cada guineense ser obrigado à pagar pela referida soma em cada posto de controlo fronteiriço recebendo em contrapartida um pedaço de papel carimbado que supostamente testemunhe a sua passagem naquele posto, sem um recibo oficial da parte das autoridades”, denunciou.
O embaixador da Guiné-Bissau no Senegal disse que o espaço da CEDEAO é uma zona comum para os cidadãos dos países membros após as orientações e decisões dos líderes das diferentes nações que compõem esta organização regional africana.
Idrissa Embaló afirmou que infelizmente tem sido esse o caso ao longo da trajectória entre a Guiné-Bissau e o Senegal passando pela Gâmbia, pois esta situação carreta muita despesa por exemplo, para os estudantes ou responsáveis de família.
Indagado sobre as medidas já implementadas pela embaixada com vista a sanear a tal situação, Embaló disse que tem comunicado as autoridades do ministério dos Negócios Estrangeiros da Cooperação Internacional e das Comunidades do país através de relatórios sobre a situação.
“Temos estado a propor as autoridades guineenses a convidar os seus homólogos senegaleses no sentido de, em conjunto, reactivarem os trabalhos das comissões mistas para análise e tratamento do assunto entre as partes com vista a encontrar soluções conjuntas”, contou.
Sobre ao número total de estudantes guineenses no Senegal, Idrissa Embaló disse que tem aumentado, sem precisar o número exacto. Mas disse que 99 por cento desses estudantes foram por conta própria sem serem registrados pelas estatísticas dos Ministérios da Educação Nacional e dos Negócios Estrangeiros do país.
No entanto revelou que a embaixada tem vindo a elaborar um projecto de parceria com a associação de estudantes guineenses no Senegal no sentido de passarem a registar os estudantes guineenses na capital senegalesa assim como nas diferentes regiões daquele país vizinho.
“Tudo isso será possível com a autorização e disponibilização de meios por parte das das autoridades da Guiné-Bissau”, afirmou
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