Conclusão é de um estudo da Liga dos Direitos Humanos.
O tráfico humano continua a aumentar em Moçambique revelou um relatório divulgado nesta sexta-feira, 4,pela Liga dos Direitos Humanos.
As acusações vão, em grande parte, para algumas crenças religiosas.
A Procuradoria Geral da República (PGR) considera que o relatório vai contribuir para melhorar a luta contra o fenómeno que tem sido denunciado por muitas organizações nacionais e internacionais.
O estudo Tráfico de Órgãos e Partes do Corpo Humano foi realizado entre 2010 e 2014 e revela as rotas pelas quais passa o tráfico humano, dentro e fora de Moçambique.
O documento apresentado por Paulo Jorge, investigador e jurista da Liga dos Direitos Humanos,apurou que mulheres, crianças e adolescentes representam 62 por cento das vítimas de extracção de órgãos e que um quarto de casos visam órgãos genitais masculinos.
A investigação indica que 70 por cento dos casos de extração ocorrem nas regiões de Tete, Zambézia, Manica e Sofala.
A região do Grande Limpopo e o chamado quadrilátero de Manicaland, no centro de Moçambique, abastecem, principalmente, o Zimbabwe e a África do Sul com partes de corpos de moçambicanos mortos pelo tráfico.
Para Alice Mabota, Presidente da Liga dos Direitos Humanos , estes casos estão ligados a crenças religiosas e práticas supersticiosas.
O crime organizado é apontado como estando por detrás do tráfico de órgãos e partes do corpo humano.
Para a PGR este relatório vai contribuir para que s melhorar as acções que visam o combate a este fenómeno, de acordo com a representante do Ministério Público, revelou Márcia Pinto.
O relatório propõe a criação de uma unidade especial no seio da Polícia de Investigação Criminal como uma das medidas para combater o tráfico humano em Moçambique. Voz da América