Luanda – Familiares da agente da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) assassinada pelo próprio colega, o primeiro subchefe David Ramos Santos, ex-namorado, exigem das autoridades policiais, responsabilização criminal do autor que disparou mortalmente cinco tiros contra Josefina Casimiro, de 27 anos de idade, no vestuário feminino da 11ª Unidade da PIR, localizada no bairro ‘A Resistência’, zona do Tafe, província de Cabinda, no passado dia 30 de dezembro.
*António Ganga
Fonte: Club-k.net
Fonte: Club-k.net
Fontes próximas da família da vítima denunciaram ao portal Club-K, o clamor pela justiça, quando alegam de que a 11ª Unidade da PIR, assim como os Serviços de Investigação Criminal (SIC), até ao momento, ainda não se pronunciaram sobre o facto. Os mesmos alegam que o SIC nega dar qualquer esclarecimento sobre o homicídio.
Ainda segundo familiares, suspeita-se haver tendências, por parte das autoridades policiais, de se demarcar das responsabilidades, por estes estarem supostamente a ocultar informações sobre o caso e terem impedido de que o pai da vítima e órgãos de comunicação sociais tivessem acesso ao local do crime, minutos depois do sucedido.
De acordo com as fontes, no passado dia 30 de dezembro, a jovem Josefina Casimiro, até então, incorporada na PIR há dois anos, conheceu à morte na manhã do antepenúltimo dia do ano de 2017.
Sem nunca ter tido filho, a jovem polícia mantinha uma relação amorosa que durou cerca de dois anos com o colega, David Santos, de aproximadamente 49 anos de idade, natural da província de Benguela. O infrator tinha a colega como uma relação extra, na medida em que, vivia com esposa e quatro filhos.
As fontes acreditam estar perante um crime passional, uma vez que que a falecida havia terminado o relacionamento com o mesmo, recentemente, por iniciativa própria e incentivo do pai, quando a família tomou conhecimento de que o casal vivia conflitos, por este motivo o polícia assassino ameaçava-a de morte inúmeras vezes.
Outrossim, conta um dos irmãos da falecida, Josefina era proprietária de um restaurante localizado no interior da unidade acima citada, onde na manhã do dia 30, enquanto preparava o pequeno almoço, David chamou-a para uma conversa, tendo ela por sua vez, pedindo para que aguardasse alguns instantes.
Minutos depois de Josefina ter orientado a sua tia com quem trabalhava no estabelecimento, para aquilo que seria a agenda do dia, ela dirigiu-se ao vestuário feminino, onde por sua vez o polícia assassino surpreendeu-a. Depois de troca de palavras entre ambos, empunhou uma pistola e fez disparos contra a vítima.
Embora os motivos do homicídio ainda não estejam esclarecidos pelas autoridades policiais e pelo próprio autor, David Santos, encontra-se internado no Hospital Milita de Cabinda com ferimentos no ombro, por consequência de um tiro quando este simulou suicidar-se, minutos depois de ter assassinado a colega, com cinco tiros nas regiões do peito e abdómen.