O académico e investigador guineense Carlos Cardoso lançou o Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (CES-AC), para colmatar a carência, isto é, aquilo que considera de inexistência ou fragilização de capacidades para fornecer análises cientificamente fundamentadas, sobre os processos sociais em curso e as perspetivas que lhes abram um horizonte de médio e longo prazos, assim como a necessidade de compreender as dinâmicas sociais atuais, entre outras, através da identificação das forças motrizes que lhes são subjacentes.
“CES-AC cumprirá a função de estimular a análise social e o pensamento crítico, mas também de complementar o trabalho da universidade no que tange à formação da nova geração de investigadores em ciências sociais. O Centro propõe-se levar a cabo, simultaneamente, as duas vertentes da investigação, que é a fundamental e a aplicada, nos domínios de competência selecionados, mormente da Sociologia, Antropologia Social, Ciência Política, História e Economia”, explicou num e-mail enviado à redação do Jornal O democrata.
BIOGRAFIA
Carlos Cardoso é formado em Antropologia Social e Filosofia, tendo feito o seu doutoramento em Filosofia na Universidade Friedrich-Schiller, Alemanha, e grau de Mestre em Antropologia Social pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS), Paris, França.
Foi Diretor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa da Guiné-Bissau (INEP) e professor de Sociologia Política na Universidade Lusófona de Lisboa. Até recentemente, foi Diretor do Departamento de Pesquisa do Conselho para o Desenvolvimento da Pesquisa em Ciências Sociais em África (CODESRIA) com sede em Dakar. Recentemente, fundou o Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral.
Carlos Cardoso é autor e coautor de vários livros e artigos versando sobre temas relacionados com a Guiné-Bissau e a África, nas disciplinas de História, Sociologia Política e Antropologia Social.
Por: Sene Camará