Os guardas prisionais da Guiné-Bissau suspenderam a greve de cinco dias que tinham convocado para vigorar até sexta-feira, depois de terem chegado a um entendimento com o Governo, disse hoje o presidente do sindicato da classe, Iazaldo da Silva.
O sindicato assinou um memorando de entendimento com os ministros das Finanças, João Fadiá, e da Função Pública, Tumane Baldé, que se comprometeram a resolver as reivindicações dos guardas, o mais tardar, até 31 de janeiro, observou Iazaldo da Silva.
Ficou o compromisso de o Governo publicar e aplicar o Boletim Oficial (Diário da República), até 31 de janeiro, que nomeou os 73 guardas prisionais, passando a auferir o mesmo salário que é pago ao escrivão adjunto do Supremo Tribunal de Justiça.
Os guardas vão receber fardamento, material de proteção e de vigilância, a partir de uma requisição a ser feita no Ministério da Defesa para equipar os funcionários nos três centros de detenção existentes no país - Bissau, Mansoa e Bafatá.
Segundo Iazaldo da Silva, o Governo prometeu analisar a questão da promoção na carreira dos guardas prisionais, como ocorre com os demais funcionários públicos, pelo que o sindicalista apela aos colegas a retomarem o serviço ainda hoje.
O sindicalista disse confiar "na palavra e boa-fé" dos ministros com os quais rubricou o memorando de entendimento e espera que todos os guardas prisionais façam o mesmo.
O Governo também se comprometeu a melhorar as condições nas três prisões, adiantou Iazaldo da Silva, que denunciou que os presos dormem no chão e tomam banho com água do poço apanhada pelos próprios guardas.
Atualmente, as três prisões do Estado guineense, duas de cumprimento de pena e uma de prisão preventiva, albergam cerca de 200 detidos.
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